Contenção no Orçamento é atitude prudente, diz ministro do Planejamento

  • Por Jovem Pan
  • 20/01/2017 10h53
Brasília - O ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, durante coletiva no Palácio do Planalto (Valter Campanato/Agência Brasil) Valter Campanato/Agência Brasil Dyogo Oliveira

Com a crise que ainda atinge a economia do País, o Governo Federal já anunciou uma contenção maior dos gastos no Orçamento. Questionado se há uma preocupação maior sobre a execução da meta fiscal para este ano, o ministro do Planejamento destacou a prudência no contingenciamento.

“Este ano anunciamos uma programação preliminar do Orçamento. Nesta, nós mantivemos os três primeiros meses do ano dentro da projeção. É uma atitude prudente na execução do Orçamento, uma vez que temos a previsão de receitas extraordinárias ao longo do ano, mas não temos certeza dos valores”, disse em entrevista exclusiva a Denise Campos de Toledo.

Dyogo Oliveira alertou que o Governo precisa ser cauteloso no início do ano para garantir o atendimento das metas fiscais no final do ano.

O desempenho fiscal, no entanto, depende do nível de atividade. O Governo deve anunciar neste ano a revisão de projeções quanto ao crescimento econômico. O ministro, porém, minimizou as últimas estimativas de crescimento do PIB divulgadas pelo FMI, ONU e mercado financeiro. “O que temos como regra é que a revisão deve ser feita a cada bimestre. Faremos isso ao fim do primeiro bimestre e então será incorporada [previsão] na programação definitiva do Governo em março. O que temos colocado é que com qualquer que seja o resultado de estimativas trabalhamos dentro da previsão da meta fiscal para este ano”, garantiu.

Para o curto prazo, Dyogo Oliveira reiterou o programa implantado pelo Governo desde o ano passado de revisão de programas. “Temos feito uma diligente atuação na questão da contenção das despesas. Esse ano continuamos este trabalho”, afirmou.

Reeditar a Medida Provisória sobre a revisão do auxílio-doença, por exemplo, deve proporcionar uma economia de R$ 6 bilhões nas despesas com o programa. Já o pagamento com a Previdência chegam a representar 60% dos gastos do Orçamento.

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