Crise política paralisou a economia, segundo especialista

  • Por Jovem Pan
  • 18/12/2015 13h35
Rafael Neddermeyer/ Fotos Públicas dinheiro

 Mercado operou sem sustos um dia após a alta do juro básico nos Estados Unidos e o rebaixamento da nota do Brasil pela Fitch. O Ibovespa, principal índice da Bolsa de São Paulo, fechou em alta de 0,55%, e o dólar caiu 0,7%, cotado a R$ 3,89. Mas o sobe e desce das cotações durante o julgamento do rito do impeachment no STF mostrou o quanto a política vai influenciar o mercado financeiro.

Em entrevista a Denise Campos de Toledo, o economista Jason Vieira aponta outro problema decorrente da crise financeira do Brasil: “Não só a transferência de investimento para os Estados Unidos, mas também a questão de custos para as empresas brasileiras, que sobem muito. Aquelas que ainda tentam buscar na captação externa, por exemplo, empresas exportadoras, vão ter elevação de custos. O grau de investimento é outro fator que eleva esses custos”.

Analista de investimentos atribui a alta do Ibovespa e a queda do dólar aos sinais de que o país caminha para resolver a crise política. João Pedro Brugger enfatiza que o Governo Dilma não fez nada de relevante em 2015: “O governo não fez nada esse ano, foi um ano praticamente perdido, por conta dessa paralisia que o país está vivendo. Essa crise política sem fim, e o reflexo disso está sendo sentido mês a mês com indicadores piores”. Brugger recomenda investimentos atrelados aos juros, com exceção da caderneta de poupança, nesse momento político do país. O analista lembra que alguns papéis podem assegurar ganhos bem elevados, já que o Brasil tem os juros mais altos do mundo.

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