Escassez de crédito pode encerrar atividades de pequenas e micro indústrias

  • Por Jovem Pan
  • 18/01/2016 12h25
An employee of Ajinomoto Co works on a Hon-Dashi, or bonito base seasoning packaging line at the company's Kawasaki factory in Kawasaki, south of Tokyo, Japan, June 29, 2015. Japanese industrial output fell in May at the fastest pace in three months, adding to fears the economy may have contracted in the current quarter and putting the onus on consumers to drive a near-term rebound as exports remain in the doldrums. REUTERS/Yuya Shino Reuters Indústria

 Cerca de 400 mil postos de trabalho podem ser fechados em 2016, caso o governo não reverta o panorama econômico. Com a restrição ao crédito, 31% das micro e pequenas indústrias correm o risco de encerrar suas atividades em até 90 dias. Isso agrava a situação das companhias que buscam capital de giro no cheque especial, tornando o endividamento uma verdadeira “bola de neve”.

O presidente do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias de São Paulo, Joseph Cury, diz que não se recorda de um cenário tão ruim para o setor: “Infelizmente, os números e as tendências para este início de ano em 2016 é que continua se aprofundando a crise, encontramos um cenário altamente preocupante para as empresas e os mercados internos correndo riscos como jamais se viu na história até a presente data”.

O consultor do Sebrae São Paulo, Gustvo Carrer, indica que o acesso ao crédito é fundamental para a sobrevivência das empresas. Em entrevista ao repórter Daniel Lian, ele avalia que os empresários sem saída tomam o rumo errado e apelam para linhas com juros abusivos: “Muitas vezes o empresário utiliza o cheque especial, o cartão de crédito de pessoa física para financiar a própria empresa”.

Para os especialistas, os empresários têm que buscar orientação para fazer a melhor escolha na tomada de empréstimos. Enquanto isto, o governo espera elevar as linhas de crédito através dos bancos públicos e do FGTS com juros mais acessíveis.

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