Muricy revela ligação de Pinotti, mas avisa: “não quero emprego no São Paulo!”

  • Por Jovem Pan
  • 12/09/2017 14h15 - Atualizado em 12/09/2017 17h46
Reprodução Reprodução Ex-treinador do São Paulo, Muricy Ramalho é comentarista especial dos canais SporTV

Muricy Ramalho confirmou que foi procurado pelo diretor de futebol do São Paulo, Vinícius Pinotti, para conversar sobre uma possível ajuda ao time tricolor, que está afundado na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. No bate-papo, no entanto, o ex-treinador avisou: não tem a intenção de assumir nenhum cargo no clube. Em participação exclusiva no Esporte em Discussão desta terça-feira, na Rádio Jovem Pan, o hoje comentarista esportivo abriu o jogo, revelou que recebeu uma ligação de Pinotti nesta manhã e garantiu que foi taxativo: não quer retornar ao futebol até finalizar o seu contrato com o SporTV, depois da Copa do Mundo de 2018.

Segundo Muricy, o técnico do São Paulo, Dorival Júnior, foi informado por Pinotti do telefonema antes mesmo de ele acontecer – por via das dúvidas, o próprio Muricy vai ligar a Dorival ainda nesta terça para relatar o que foi conversado.

“Eu não gosto de esconder nada. Ontem, eu disse que não havia recebido nenhuma ligação do São Paulo… Mas, hoje, sim, me telefonou. O Pinotti me telefonou, para saber o que achava dessa situação, tudo… E eu fui bem claro com ele, disse que eu não quero ser treinador, não quero ser coordenador, não quero ser nada! Inclusive, vou até ligar ao (Dorival) Júnior para avisar isso… Ele tem que saber que ele me telefonou, até mesmo porque o Pinotti me disse que conversou com o (Dorival) Júnior hoje de manhã e avisou que iria me ligar. Vou ligar pro (Dorival) Júnior de noite pra confirmar isso”.

A ligação do dirigente são-paulino aconteceu horas depois de Muricy revelar, em participação no programa Bem Amigos!, do SporTV, que “aceitaria ajudar o São Paulo até de graça”. A declaração foi encarada por torcedores, veículos de imprensa e conselheiros do clube como uma possibilidade de o ex-treinador assumir algum cargo no São Paulo. Ele, no entanto, negou que tenha essa intenção. Muricy elevou o tom e disse que ajudaria o clube apenas “com uma palavra ou uma conversa”, como aconteceu, por exemplo, no contato desta terça com Pinotti.

“O futebol está muito chato! Ninguém pode falar nada! Criam uma p… polêmica por tudo! Ninguém pode falar nada! Eu não quero ser treinador e não quero ser coordenador agora. Isso eu já deixei bem claro. Acontece que a gente tem carinho pelo clube, e, quando vemos o clube nessa situação, todos nós que somos são-paulinos e podemos ajudar com alguma palavra… Mas eu nunca me ofereci a nada. Eu não toco nem no assunto. Estou há não sei quanto tempo afastado do São Paulo… Não vou nunca ao clube e nem ao Morumbi porque sempre cai nessa história de que eu posso querer emprego. Eu não quero nada, não!”.

“Estou ótimo fora do futebol. Tenho contrato com o SporTV e vou cumprir. Já falei isso diversas vezes. Acontece que quando você pergunta a um cara que gosta do clube se ele quer ajudar, não tem por que ele falar que não pode. Não vou assumir nada, porque não quero mais essa rotina do futebol e tenho contrato com o SporTV. Eu não quero nada! Se eu puder ajudar, como todo são-paulino quer ajudar o São Paulo, eu vou. Com alguma palavra, alguma conversa, mas só se precisar… Se não precisar, também, está tudo certo! Por que eu não posso fazer isso? Se eu gosto e sou grato ao clube que me ajudou em tudo na vida, por que eu não posso ajudá-lo sem nenhum interesse, sem nenhum contrato?”.

“Se o Dorival me chamar para tomar um café, eu vou mesmo, com o maior prazer. O único interesse que eu tenho é de ver o São Paulo melhor do que está. Então, se eu puder ajudar com alguma palavra, com alguma coisa, perfeito. Se não puder, está bom, também. Eu não quero emprego, não quero salário, não quero nada! Estou feliz com a minha rotina, estou mais próximo da minha família. Não sou nenhum oportunista”.

Apenas um cenário impediria Muricy de conversar com Dorival. “Se tiver alguma ameaça ao emprego do Dorival, eu nem vou lá. Se o pensamento da diretoria for esse, nem café eu tomo”.

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