Chilavert defende Alisson, exalta Lloris e diz: “não existem mais goleiros como eu e Ceni”

  • Por Jovem Pan
  • 12/07/2018 15h06 - Atualizado em 12/07/2018 16h31
EFE EFE O paraguaio José Luis Chilavert foi um dos maiores goleiros da história do futebol

Poucos goleiros têm uma relação tão intensa com a Copa do Mundo quanto José Luis Chilavert. Talentoso e genioso, o paraguaio se destacou e chegou às oitavas de final no Mundial de 1998, mas decepcionou quatro anos mais tarde, na Coreia do Sul e Japão: acima do peso, não disputou o primeiro jogo por estar suspenso em função de uma cusparada em Roberto Carlos nas Eliminatórias, e falhou nas partidas contra Espanha e Eslovênia, que impediram a seleção paraguaia de superar a até então intransponível barreira das oitavas.

Hoje com 52 anos e aposentado há mais de uma década, o ex-arqueiro está na Rússia trabalhando como comentarista da Tele Futuro Paraguai. E ele topou falar com a Rádio Jovem Pan sobre o principal evento esportivo do ano.

Em entrevista exclusiva a Nilson Cesar e Ulisses Neto, o segundo maior goleiro-artilheiro da história defendeu Alisson, elegeu Lloris o melhor camisa 1 da Copa e decretou: não se fazem mais arqueiros como ele e Rogério Ceni.

Confira a entrevista exclusiva!

Qual o seu balanço sobre o desempenho das seleções sul-americanas na Copa de 2018?

“É uma pena tudo o que aconteceu com as seleções da América do Sul. Os sul-americanos devem mudar totalmente a sua forma de trabalhar… Os europeus têm se sobressaído na parte física e também na questão técnica. Isso complica. Devemos renovar todos os trabalhos na América do Sul.”

E o que você achou da participação do Brasil?

“O Brasil evoluiu durante a Copa. Foi uma equipe muito compacta, mas a Bélgica foi muito contundente, e essa Copa tem sido decidida pelas bolas paradas. Quando os defensores cochilam, perdem o jogo. Foi assim com o Brasil e até mesmo com a Bélgica contra a França.”

O desempenho de Alisson lhe agradou?

“Não se pode colocar nenhuma culpa sobre ele. No primeiro gol da Bélgica, a bola desvia em Fernandinho no primeiro pau e se torna muito difícil de se defender. E, no segundo gol, o chute de De Bruyne foi espetacular! Era impossível defender. Alisson se apresentou bem sempre que exigido.”

Qual foi o melhor goleiro do Mundial até aqui?

“Para mim, foi Lloris, da França. A defesa que ele faz no chute cruzado de De Bruyne, no primeiro tempo da semifinal contra Bélgica, é chave, a melhor do Mundial. Ele transmite muita segurança para a sua equipe, e isso é muito importante.”

Quem cobrava faltas melhor: você ou Rogério Ceni?

“Eu fui o pai de Rogério Ceni! Ele chegou depois! (risos). Brincadeiras à parte, ele foi um grande cobrador de faltas. E eu acho que é muito importante que os goleiros tenham personalidade… Infelizmente, não existem mais goleiros como eu e ele, para poder marcar gols de falta.”

Confira a cobertura completa da Copa de 2018!

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