Presidente do Santos ignora liminar e diz que haverá votação para impeachment

  • Por Jovem Pan
  • 25/09/2018 14h55
Divulgação/Pedro Ernesto Guerra Azevedo/Santos FC O presidente José Carlos Peres corre sérios riscos de ser destituído no Santos

Um conselheiro do Santos entrou com ação na Justiça e conseguiu, na manhã desta terça-feira, a suspensão temporária da votação do impeachment do presidente José Carlos Peres. A liminar ainda não foi cassada, é verdade, mas, mesmo assim, o mandatário alvinegro está convicto de que a votação acontecerá na data previamente marcada: o próximo sábado.

Em entrevista exclusiva ao Esporte em Discussão desta terça-feira, na Rádio Jovem Pan, Peres disse não ter relação com a ação movida na Justiça, mostrou pessimismo quanto à suspensão da votação e cravou que ela será normalmente realizada. Assim, implorou para que os sócios não percam a mobilização e rejeitem a sua destituição.

“Gostaria de pedir para que os sócios não percam a mobilização. No sábado, nós teremos votação, sim, estamos lutando para que ela exista! Até passa a sensação (de que a liminar vai ser cassada), e a gente até respeita, mas não podemos perder a mobilização, porque, nesse País, tudo pode acontecer. No sábado, há duas opções: uma é continuar no avanço e a outra é a volta ao passado”, afirmou.

Sobre o processo de impeachment, Peres disse se tratar de uma espécie de retaliação. Segundo o presidente, ao demitir funcionários e tentar profissionalizar o Santos, ele despertou a revolta de muitos conselheiros dentro do clube.

“Nós assumimos em janeiro e viemos com o desafio de arrumar o clube. Então, fizemos muitas demissões. E, quando você demite um, arruma cinco inimigos. Infelizmente, as pessoas pensam nelas, e é assim que funciona o sistema. O nosso estatuto permite que 20 conselheiros que desejam infernizar a vida do clube se baseiem em ilações, façam um pedido de impeachment e deixem o negócio crescer”, finalizou.

Por que a votação do impeachment de Peres foi suspensa?

A ação movida por um conselheiro na Justiça, que provocou a suspensão temporária da votação do impeachment de José Carlos Peres, contesta o número de pessoas presentes na reunião do Conselho Deliberativo que definiu o prosseguimento do processo para o quadro associativo.

O estatuto exige que 2/3 dos conselheiros presentes aprovem o impeachment. Os cálculos oficiais do Conselho mostram que o número foi alcançado, mas a ação alega que isso não aconteceu.

O motivo da divergência são os membros da Comissão de Inquérito e Sindicância. Defensores de Peres dizem que a presença deles deveria ser contabilizada na reunião – se isso tivesse acontecido, a quantidade de votos pelo afastamento não teria sido alcançada.

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