Acho estranho prender para depor, diz Beto Mansur sobre Operação Skala

  • Por Jovem Pan
  • 30/03/2018 10h48 - Atualizado em 30/03/2018 11h24
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil Um dos aliados do presidente Temer, deputado Beto Mansur (MDB-SP), diz que não se pode chamar todo mundo de ladrão e corrupto

Após o escândalo que levou a prisão dos amigos do presidente Temer, na Operação Skala, o deputado Beto Mansur (MDB-SP), considerado um dos aliados do Temer, questionou o modelo de prisão aplicado pela PF em entrevista ao Jornal da Manhã.

“Tem uma briga contra o presidente que logicamente precisa ser apurada. Acho estranho as pessoas serem presas para poder depor. Não é só com os amigos do presidente, mas pode acontecer com qualquer um dentro do Brasil”, disse Mansur.

“Foi proibida a condução coercitiva por uma medida de liminar do ministro do STF, Gilmar Mendes. Essa condução coercitiva estava sendo usada com abusividade, na minha opinião, mas estamos vivendo um momento crítico dentro da justiça brasileira”, completou o parlamentar.

Já sobre as declarações do ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, de que há um complô contra o presidente, Beto Mansur rechaçou a hipótese e defende a candidatura de Temer como forma de se defender das acusações.

Mansur também defendeu a municipalização do Porto de Santos, que segundo ele, é fruto de corrupção há anos por conta de indicações políticas. Já sobre a prisão de Wagner Rossi, ex-presidente da Codesp, responsável por administrar o Porto de Santos, o parlamentar afirmou que é preciso ter calma para chamar os outros de corruptos e achar que todo mundo rouba no Brasil. “Eu não vou chamar o Wagner Rossi de ladrão. Não sei o que está no processo. Em qualquer atividade há pessoas boas e que não prestam. Dentro dos partidos políticos também é assim”, ressaltou Mansur.

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