Alckmin e Temer se reúnem para acertar saída “respeitosa” do PSDB do Governo

  • 02/12/2017 09h07 - Atualizado em 02/12/2017 09h08
HÉLVIO ROMERO/ESTADÃO CONTEÚDO Temer precisa dos 46 deputados do PSDB para alcançar 308 votos e aprovar a reforma da Previdência

O presidente Michel Temer e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, se reúnem neste sábado (2) em Limeira, no interior paulista, para discutir como deverá ser a melhor forma de o PSDB deixar os ministérios.

O governador tucano deve assumir o posto de presidente nacional da sigla na próxima semana. Alckmin já disse publicamente que o partido deve deixar o Governo.

Há três ministros tucanos: Aloysio Nunes, nas Relações Exteriores, Antonio Imbassahy, na Secretaria de Governo e Luislinda Valois, nos Direitos Humanos. A única indefinição é sobre a saída do ministro Aloysio. Ele pode ser mantido no Itamaraty como nome da cota pessoal do presidente Michel Temer. Inclusive, essa posição foi defendida nesta semana pelo ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.

Portanto, tudo tem sido organizado para que o PSDB deixe a esplanada de forma organizada e respeitosa. Isso é para evitar um desgaste ainda maior entre os tucanos e o Palácio do Planalto.

Temer precisa dos 46 deputados do partido para alcançar 308 votos e aprovar a reforma da Previdência. Esse assunto também deverá ser discutido no encontro. O PSDB ainda não decidiu se fechará questão pela aprovação da reforma.

Essa decisão pode vir nos próximos dias. Mas a expectativa de aprovação da proposta ainda esse ano começa a cair. A ideia do Governo era votar o primeiro turno no próximo dia 6.

Mas a votação já foi desmarcada. Hoje, até mesmo líderes da base aliada consideram muito difícil que a reforma seja pautada em 2017. Na semana passada, após apresentar o novo texto, o relator, Arthur Maia, do PPS, disse que caso a proposta fique para o próximo ano, ela dificilmente será aprovada.

Com informações do repórter Jovem Pan em Brasília, Arthur Scotti

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