Aliados de Temer na CPI da JBS esquecem investigações contra empresa e atacam Janot

  • Por Jovem Pan
  • 21/09/2017 06h26 - Atualizado em 21/09/2017 10h43
Brasília- DF- Brasil- 22/03/2016- Reunião ordinária para apreciação do processo nº 01/15, referente à Representação nº 01/15, do PSOL e REDE, em desfavor do dep. Eduardo Cunha (PMDB/RJ). Dep. Carlos Marun (PMDB-MS). Foto: Antonio Augusto/ Câmara dos Deputados Antonio Augusto /Câmara dos Deputados O relator, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), admitiu que este é mesmo o ritmo dos depoimentos na CPI

Aliados do presidente Michel Temer acertam um cerco ao ex-procurador-geral Rodrigo Janot na CPI mista da JBS no Congresso.

No cronograma de trabalho, em vez de investigar as irregularidades que teriam sido praticadas pela empresa, o foco está no procurador que foi preso, Ângelo Goulart, e o ex-procurador Marcelo Miller, e no ex-procurador-geral Rodrigo Janot, além dos ex-diretores da JBS, em fase de novo contrato de delação premiada.

O relator, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), admitiu que este é mesmo o ritmo dos depoimentos na CPI: “as circunstâncias disso, quais são? Quando ele começou, quando ficou sabendo, o que faziam dirigentes da JBS na PGR antes da data de início das negociações? O que faziam procuradores ligados ao procurador-geral conversando antes da data? Uma série de situações que têm que ser esclarecidas. Eu entendo isso como grave”.

A reação foi imediata. A oposição, em minoria, disse que vai buscar apoio para evitar que a CPI vire uma vingança de investigados contra investigadores.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi ao Supremo e protocolou pedido de suspensão de funcionamento da CPI mista da JBS.

*Informações do repórter José Maria Trindade

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