Ana Amélia critica interferência da Justiça, mas admite que votação no caso Aécio tem de ser aberta

  • Por Jovem Pan
  • 16/10/2017 08h30
Waldemir Barreto/Agência Senado Waldemir Barreto / Agência Senado A senadora Ana Amélia (PP-RS) concordou com a decisão da Justiça, mas admitiu que a decisão é de responsabilidade do Senado: “cada macaco no seu galho”

Após o juiz Márcio Luiz Coelho de Freitas proibir o Senado de fazer votação secreta para decidir sobre o afastamento e o recolhimento noturno de Aécio Neves (PSDB-MG), determinados pela Primeira Turma do STF, a Casa criticou a interferência da Justiça no caso.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, a senadora Ana Amélia (PP-RS) concordou com a decisão da Justiça, mas admitiu que a decisão é de responsabilidade do Senado: “cada macaco no seu galho”.

“Queria dizer que, em primeiro lugar, embora tenha a confusão gerada pelo Supremo na semana passada vem agora a Justiça. Voto aberto ou secreto na questão do Congresso. É decisão nossa. Isso aconteceu na votação do Delcídio [do Amaral], quando Renan Calheiros propôs que Senado deliberasse por voto aberto ou fechado. Não acredito que amanhã será diferente e terá que o presidente colocar em votação”, disse.

Segundo a senadora, não pode um Poder tentar gerir o outro. Entretanto, ela concordou que a votação deve ser aberta: “se falharmos e mantermos votação secreta para esta matéria, aí nós vamos pagar o preço disso. Defendo que todas as votações sejam abertas, inclusive de ministros do Supremo, agências reguladoras. A sociedade precisa saber. Está na hora de termos transparência total. Não tenho dúvida de que teremos votação aberta para essa matéria. A sociedade não admite mais tergiversação de assuntos essenciais. Será uma tragédia grega se for diferente a votação amanhã”.

Confira a entrevista completa:

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