Ana Amélia nega arrependimento em ser vice de Alckmin e reitera apoio a Bolsonaro no 2º turno

  • Por Jovem Pan
  • 09/10/2018 09h43
Omar de Oliveira/Estadão Conteúdo "Se eu não tivesse aceitado [ser vice de Alckmin] eu teria me omitido. E eleição é caixinha de surpresas. Faltou voto, simples assim", disse Ana Amélia

Após amargar um quarto lugar com baixo número de votos, o PSDB reavalia seus passos na eleição presidencial. Mas a senadora Ana Amélia disse não se arrepender de deixar o mandato de lado e se privar de uma nova tentativa ao Congresso para sair como vice na chapa tucana de Geraldo Alckmin.

“Arrependimento é uma palavra que não existe no meu dicionário. Não costumo me arrepender do que faço. Se eu não tivesse aceitado [ser vice de Alckmin] eu teria me omitido. E eleição é caixinha de surpresas. Faltou voto, simples assim. Meu médico em Porto Alegre me disse ‘senadora, prazer repetido não gera endorfina’. E o Congresso, surpreendentemente, o que estavam prevendo é que não haveria renovação e foi um tsunami, 46 novos entraram no Senado”, disse em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã.

Sobre qual seria o “erro” para que a candidatura de Alckmin não decolasse, a senadora foi enfática: “tem muitas razões, mas a principal é que a sociedade disse não ao sistema político em vigor. É preciso entender e mostra a falência do sistema partidário brasileiro”.

Sobre o retorno ao Congresso, Ana Amélia disse que o clima agora não permite que temas importantes sejam votados pelos deputados e senadores que não foram reeleitos. “O que é tema polêmico não tem ambiente para votar agora. Você já tem um Congresso eleito. Legitimidade maior vem com novo Congresso. Sou contra analisar a reforma da Previdência agora”, disse.

Ana Amélia, entretanto, afirmou que segue normalmente com seus trabalhos parlamentares “até o último dia de mandato”.

Apoio a Bolsonaro

Coerência. Essa foi uma das justificativas da senadora Ana Amélia, vice na chapa de Geraldo Alckmin à Presidência e que ficou em quarto lugar, para apoiar Jair Bolsonaro (PSL) neste segundo turno.

Ana Amélia disse que, “no Rio Grande do Sul não admitem neutralidade em momentos de grandes decisões”. Por isso, segundo ela, era preciso optar entre o retorno do PT “que destruiu o País” e uma proposta nova. “Foi a opção que encontramos por questão de coerência durante o processo de impeachment”, completou.

O segundo turno da eleição presidencial será disputado no dia 28 de outubro entre Jair Bolsonaro e Fernando Haddad.

Confira a entrevista completa:

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