Apoiado em Paulo Guedes, Bolsonaro defende projeto de liberalismo econômico

  • Por Jovem Pan
  • 22/05/2018 10h24 - Atualizado em 22/05/2018 10h48
João Henrique Moreira/Jovem Pan Pré-candidato á presidência pelo PSL, Jair Bolsonaro, afirma que não é possível governar um país sem o parlamento

Nesta terça-feira (22), a Jovem Pan deu início a sua sequência de entrevistas com os presidenciáveis. O primeiro a ser ouvido foi o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, que esteve presente nos estúdios do Jornal da Manhã. Bolsonaro que tem sido muito criticado por “não entender” de economia afirmou que tem buscado se aprofundar no assunto e ressaltou que o presidente não administra sozinho o País.

“Quem vai administrar um País vai ser o presidente e seus ministros”, disse o pré-candidato que destacou a presença do economista Paulo Guedes, como um dos seus consultores na área. “Tenho ouvido muito ele. Ele quer diminuir o tamanho do estado e se fala muito em privatização. Algumas coisas são estratégicas, mas não podemos simplesmente jogar tudo pra cima”, completou.

Questionado sobre a presença de Guedes, cujos ideais são mais propensos ao liberalismo econômico e ao setor bancário, Bolsonaro, que até então era contrário a privatização, ressaltou que tem se atualizado e precisa se aproximar de 95% das ideias de Guedes. “Mesmo se vendendo tudo no Brasil, vai se abater 20% das dívidas internas, mesmo assim, nós teremos um déficit de R$ 4 trilhões no ano que vem”, explicou.

Jair Bolsonaro ressaltou ainda que é preciso pensar no futuro e buscar outras formas de se agregar valor por meio desburocratização. “Quem nunca passou um aperto financeiro na vida? Você se preocupa em economizar, no caso privatizando, e o que se pode é fazer um extra. Tem que entrar mais dinheiro em caixa sem aumentar impostos. A forma para isso é desregulamentando e desburocratizando. É preciso ter uma lei trabalhista beirando a informalidade. Temos que agregar valor, não é simplesmente só exportar”, disse.

O pré-candidato reafirmou que é preciso adotar medidas paliativas e de longo prazo. “Não se faz turismo se não tiver infraesturura e segurança.  Então, vamos investir em segurança. Ao invés de exportar minério de ferro, quem sabe não exportamos aço? Se a economia não está indo muito bem te um lado positivo porque não se vai ter um blockout e não faltará energia. Temos que pensar no futuro”, ratificou.

“Os programas de governo como regra são ‘peças de ficção’. Tenho falado que o meu será o pior deles, pois será realista”, enfatizou o pré-candidato do PSL.

 

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