Após derrota na eleição, dirigentes do PT apostam em reorganização da legenda

  • Por Jovem Pan
  • 30/11/2018 06h11 - Atualizado em 30/11/2018 08h23
Elza Fiúza/Agência Brasil Elza Fiúza/Agência Brasil O Partido dos Trabalhadores também permanecerá insistindo na campanha pela liberdade do ex-presidente Lula

Após a derrota nas eleições, o Partido dos Trabalhadores começa a discutir caminhos para renovação da legenda, organização de uma frente ampla e fala em vigilância.

A cúpula do partido se reúne no encontro do Diretório Nacional da legenda nessa sexta-feira (30) e sábado (1º), em Brasília. Dirigentes pretendem fazer um balanço das últimas eleições, considerando todo o processo pelo qual o partido passou desde 2014, incluindo uma análise do antipetismo.

Na oposição ao governo eleito de Jair Bolsonaro, o partido quer investir na construção de uma frente ampla com partidos como PDT, PCdoB, PSB e PSOL, mas também se mostra aberto a dialogar com legendas que não estiverem na oposição direta ao presidente eleito.

Uma tentativa de formação de frente ampla progressista já havia sido feita pelo partido durante as eleições.

Em entrevista exclusiva para a Jovem Pan, o membro do diretório do Partido dos Trabalhadores e deputado federal, Paulo Teixeira, afirmou que os petistas procuram somar forças a segmentos do PSDB e do MDB.

O deputado ainda destacou que a sigla discutirá uma renovação e que o partido precisa voltar novamente para a convivência com a população e aproximação com movimentos sociais.

Paulo Teixeira ainda declarou que a legenda quer modernizar as formas de comunicação e organização. O deputado também ressaltou que o PT tem que mudar, garantir uma vigilância interna no partido e que quem está na política tem que dar o exemplo no combate a corrupção.

Para atrair novas gerações de políticos, os petistas querem discutir a ampliação da participação popular nas decisões da sigla, o que exige uma reformulação estrutural no partido. Sobre as futuras lideranças, dirigentes afirmam que o ex-candidato à Presidência Fernando Haddad terá papel fundamental na construção da frente política imaginada, mas não detalham se o ex-prefeito terá cargos no PT.

O Partido dos Trabalhadores também permanecerá insistindo na campanha pela liberdade do ex-presidente Lula.

*Informações da repórter Victoria Abel

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