Após incêndio no RJ, diretor do Depam critica papel de governos na preservação da Cultura no País

  • Por Jovem Pan
  • 03/09/2018 09h01
EFE Andrey Rosenthal Schlee defendeu ainda a mudança de estratégia para a preservação de patrimônio de modo que situações como essa não voltem a se repetir

Horas depois do incêndio que destruiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, a expectativa fica para a recuperação de obras que podem ter sobrevivido ao fogo. Além disso, a procura por “responsáveis” persiste, já que a maioria das obras foi inteiramente perdida natragédia.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o presidente substituto do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e diretor do Departamento de Patrimônio Material e Fiscalização (Depam), Andrey Rosenthal Schlee, criticou o papel dos governos para a conservação e preservação de museus.

“Quando um museu chega a esse estado significa que muito pouco foi feito em prol da sua preservação e conservação. O Iphan vem lutando para garantir a preservação e buscou apoiar o museu. Museu está ligado ao MEC e assim como MinC tem sofrido cortes orçamentários significativos. Se somar falta de orçamento com número exíguo de servidores a gente percebe o que acontece com a cultura”, disse.

Ele defendeu ainda a mudança de estratégia para a preservação de patrimônio de modo que situações como essa não voltem a se repetir.

Schlee afirmou que existem acervos delicados que podem ter se perdido, mas que há projeto para se recuperar o que sobrou nos escombros.

“A Presidente do Iphan está indo para o Rio de Janeiro com ministros para, junto com colegas hoje impactados, começarem imediatamente a elaboração de projeto que busque recuperar o que sobrou. Tenho certeza que se perdeu muita coisa”, lamentou.

 

Confira a entrevista completa com Andrey Rosenthal Schlee:

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