Após polêmica com bilionário acusado de abuso sexual, secretário de Trabalho dos EUA renuncia

Jefrey Epstein foi preso na semana passada, acusado de operar uma rede de tráfico sexual de menores de idade entre 2003 e 2005

  • Por Jovem Pan
  • 13/07/2019 12h07
Agência EFE O secretário de Trabalho dos Estados Unidos, Alexander Acosta O secretário de Trabalho dos Estados Unidos, Alexander Acosta

O secretário de Trabalho dos Estados Unidos, Alexander Acosta, renunciou ao cargo nesta sexta-feira (12). O anúncio foi feito ao lado do presidente Donald Trump, após críticas dele ter atuado no caso do bilionário Jefrey Epstein, acusado de tráfico e abuso sexual de menores.

O empresário foi preso na semana passada, acusado de operar uma rede de tráfico sexual entre 2003 e 2005. Apesar desse processo, o bilionário já foi acusado dos mesmos crimes em 2007 no estado da Flórida.

Na época, Alexander Acosta era procurador e foi um dos responsáveis pelo acordo que livrou Epstein da prisão. O caso fez com que os democratas questionassem o motivo do secretário ter dado uma pena tão branda ao empresário.

Nesta semana, Alexander Acosta concedeu uma coletiva afirmando que não sairia do cargo e que a decisão caberia a Trump. Mas, nesta sexta-feira, o secretário disse que ligou para o presidente e pediu a demissão:

“Seria egoísmo da minha parte continuar nesta posição e continuar a falar sobre um caso que foi há 12 anos, ao invés de comentar sobre a nossa incrível economia que temos agora. Por isso, apresentei minha renúncia ao presidente e passa a valer daqui sete dias, a partir de hoje”, disse.

Trump destacou que Acosta foi “um grande secretário” e elogiou o “ótimo desempenho” à frente do Departamento do Trabalho. Ele assumiu a Secretaria em 2017. Na sabatina, ele chegou a ser questionado sobre a sentença do bilionário, mas o Senado confirmou a indicação por 60 votos a 38.

Jeffrey Epstein tem uma audiência marcada para semana que vem, quando a Justiça decide se aceita o pagamento de fiança para que ele responda o caso em liberdade. A procuradoria pediu que a possibilidade seja negada, citando um suposto pagamento de US$ 350 mil no ano passado para que duas testemunhas não prestassem depoimento contra ele.

*Com informações da repórter Natacha Mazzaro

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