Aprovada na Câmara, PEC do Orçamento pode ser votada no Senado na próxima semana

  • Por Jovem Pan
  • 28/03/2019 07h01 - Atualizado em 28/03/2019 10h19
Marcos Oliveira/Agência Senado O presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre, confirmou que ela vai à Comissão de Constituição e Justiça na próxima quarta-feira (03)

A proposta que obriga o Governo Federal a executar todos os investimentos indicados pelas bancadas no parlamento, aprovada de forma relâmpago pela Câmara, deve ser votada pelo Senado na semana que vem.

O presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre, confirmou que ela vai à Comissão de Constituição e Justiça na próxima quarta-feira (03). Caso aprovada, pode ser analisada pelo plenário no mesmo dia.

O presidente Davi Alcolumbre é a favor da proposta, pois segundo ele vai beneficiar Estados e municípios: “recursos parlamentares sempre foram os únicos recursos que os prefeitos e governos têm na ponta para realizar as suas operações e ações na vida das pessoas”.

Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que ficou surpreso com a aprovação da matéria pelos deputados. Para ele, foi uma demonstração de poder político da Câmara.

Guedes acredita que a PEC tem pontos positivos e negativos: ‘qualquer movimento na direção de carimbar o orçamento eu tenho que colocar um sinal ‘menos’. Dentro desse sinal você pergunta ‘mas carimbaram dinheiro de quem?’. É de parlamentar eleito e com direito de levar dinheiro para a base? Dentro disso é sinal ‘mais’”.

Quem também revelou ter se surpreendido com a votação foi o líder do PSL no Senado, Major Olímpio. E fez uma crítica ao Governo: para ele, falta melhorar a comunicação também com a bancada do partido: “estou agoniado porque não recebemos nota técnica de nada”.

O ministro Paulo Guedes reconheceu as falhas: “prezo tanto a sua demonstração de que quer votar, me penitencio e acho que tem havido falha dramática”.

Assim como na Câmara, a PEC do Orçamento deve ser aprovada rapidamente e sem dificuldades pelos senadores e reúne apoio de praticamente todos os partidos da Casa. Ela precisa de 49 votos, em dois turnos.

*Informações do repórter Levy Guimarães

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