Base Comum Curricular estabelece o que o estudante tem direito de aprender, diz secretária do MEC

  • Por Jovem Pan
  • 15/12/2018 09h41 - Atualizado em 15/12/2018 09h57
USP Imagens Professor de costas para alunos escrevendo na lousa Estados têm até 2020 para se adaptar à base curricular nacional

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) “estabelece o que o estudante tem direito de aprender durante o ensino médio”, afirmou neste sábado (15) a secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, Katia Smole. Ela concedeu entrevista com exclusividade à Jovem Pan. A BNCC foi homologada na sexta-feira (14).

“Ainda há um passo a ser dado. Depois que a base [curricular] é homologada, ela passa ser responsabilidade dos estados, responsáveis pelo ensino médio, que devem preparar novas grades curriculares”, explicou. Segundo ela, as unidades da federação devem realizar discussões para implantar as novas regras, cujo prazo vence em 2020.

“A base traz uma nova organização para as disciplinas. Assim, fica estabelecido o que o estudante tem direito de aprender durante o ensino médio. Esperamos que os estudantes possam aprender mais, porque os índices do ensino médio são muito ruins”, disse. Durante a gestão de Michel Temer, uma “reforma” na área foi aprovada.

De acordo com a secretária, a BNCC traz muitas inovações. “Ela induz a didáticas mais avançadas [de ensino], com aulas menos expositivas e mais colaborativas, para que os alunos possam pesquisar mais e escolher aquilo que gostam de estudar. Isso motiva o jovem do século 21.” Ela considera que a aprovação é um grande avanço para a área.

Reforma

Com o novo modelo educativo, alunos poderão escolher em quais disciplinas do ensino médio querem se aprofundar. “Eles têm maturidade. Todo mundo tem que estudar a mesma matemática, mas poucas escolas oferecem a possibilidade de estudar música, de se aprofundar e se engajar em projetos, inclusive sociais”, exemplificou.

A medida tem sido criticada por opositores do presidente Michel Temer, mas, para Katia Smole, não haverá prejuízo ao trabalho de docentes. “Tudo será mediado por um professor. A ideia não é que o jovem fique solto na escola, fazendo o que quer. Sem o professor, a orientação não se faz”, destacou.

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