Bolsonaro se encontra com governadores eleitos e defende reformas constitucionais

  • Por Jovem Pan
  • 15/11/2018 07h28 - Atualizado em 15/11/2018 08h05
Will Shutter/Câmara dos Deputados Diante da chiadeira dos governadores, Bolsonaro lembrou que os Estados passam por problemas, mas que o Governo federal também vive um momento complicado

Em reunião com governadores eleitos em Brasília, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, defendeu a necessidade da aprovação das reformas, explicou que a equipe de transição já trabalha em propostas que serão apresentadas, mas não deu detalhes nem de quando nem quais serão essas mudanças.

Diante da chiadeira dos governadores, Bolsonaro lembrou que os Estados passam por problemas, mas que o Governo federal também vive um momento complicado.

Segundo o presidente eleito, medidas amargas serão necessárias, uma vez que não se pode correr o risco de o Brasil se transformar em uma Grécia.
Vinte governadores eleitos participaram nesta quarta-feira (14) das discussões. Mais uma vez pediram ajuda e uma maior distribuição dos recursos para que os Estados tenham mais autonomia.

O futuro ministro da economia, Paulo Guedes, reafirmou o discurso de que os recursos serão descentralizados. Em vez dos governadores solicitarem a liberação de verbas ministério a ministério, como acontece hoje, a ideia é liberar o dinheiro diretamente para os Estados para que eles possam decidir como melhor aplicar em saúde, educação, assistência transporte e segurança pública.

O governador eleito do DF, Ibaneis, Rocha, no entanto, garantiu que isso não quer dizer que houve compromisso dos Estados de apoiar as reformas do Governo federal.

O governador eleito de São Paulo, João Doria, lembrou por outro lado, que os governadores também querem as reformas.

O governador reeleito do Piauí, Welington Dias, participou como representante dos Estados do Nordeste.

Entre os governadores o discurso é de que depois de uma eleição extremamente polarizada, é hora de deixar as diferenças partidárias de lado e trabalhar para o que é melhor para os Estados.
O governador eleito de Goiás, Ronaldo Caiado, lembrou que pelo menos 15 governadores vão assumir com cofres praticamente vazios. Por isso, ele chegou a sugerir inclusive uma flexibilização da lei de responsabilidade fiscal.

O governador eleito do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, aproveitou o momento para criticar o reajuste concedido pelo senado aos ministros do STF, o que terá efeito cascata também nos Estados. Uma nova reunião dos governadores com o novo governo eleito já está marcada para o próximo dia 12 de dezembro.

*Informações da repórter Luciana Verdolin

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