Bruno Covas: Prefeitura não poderia pedir reintegração de edifício que desmoronou após incêndio

  • Por Jovem Pan
  • 01/05/2018 08h30 - Atualizado em 01/05/2018 08h53
Reprodução/Jovem Pan Em entrevista a jornalistas, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) afirmou que a Prefeitura está “à disposição para ajudar no que for possível”

Um edifício de 24 andares desmoronou após um incêndio de grandes proporções no Largo do Paissandu, no centro de São Paulo, por volta das 02h20 desta terça-feira (1º). O fogo se alastrou para um prédio comercial vizinho, e agora o trabalho segue em operação de rescaldo.

Em entrevista a jornalistas, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB) afirmou que a Prefeitura está “à disposição para ajudar no que for possível”.

Questionado se as famílias poderiam ser retiradas da ocupação irregular, o tucano disse que “a Prefeitura fez o limite do que poderia fazer”.

“Era cadastrar as famílias, 25% delas de estrangeiros, mas não pode obrigar a saírem e nem pedir reintegração. O prédio é da União. A gente estava assumindo a responsabilidade porque a Prefeitura não quer se omitir em problemas como esse (…) Após esse incidente, a Secretaria de Assistência já recepcionou 191 pessoas, que são encaminhadas a abrigos da Prefeitura. A gente tenta impedir e desestimular as invasões, mas não pode pedir a reintegração quando a propriedade do terreno não é nossa”, disse o prefeito.

O caso

Ao menos uma pessoa morreu e quatro seguem desaparecidas, segundo o Corpo de Bombeiros.

O prédio era a antiga sede da Polícia Federal que estava desativada e havia sido ocupada irregularmente. Não há informações confirmadas sobre a causa do acidente, e nem detalhes sobre o estado de saúde dos feridos.

Em entrevista ao Jornal da Manhã, o governador Márcio França (PSB), que está no local, disse que “a atuação dos Bombeiros e da Defesa Civil foi impecável” e que conseguiu-se “evitar uma tragédia maior”.

“Famílias jogavam lixo pelo poço do elevador. Incêndio mais ou menos previsível nesta situação. Não sabemos quantas vítimas estão nos escombros, trabalho de três dias, não é simples. Sempre lamentável que a gente tenha essa situação, precisamos criar políticas públicas de retirar famílias daí”, disse o pessebista.

Segundo o governador paulista, o município segue na procura de locais de abrigo. “Sei que pessoas estão desesperadas em busca de residência, mas essa solução não dá. Bombeiros tinham notificado as pessoas, sabiam quem eram as pessoas, é tragédia lamentável. Neste momento é cuidar dos que sobreviveram e evitar que aconteça de novo esse mesmo caso”, afirmou.

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