Caso Brumadinho pode chamar atenção para que processo criminal ande mais rápido, diz procurador
O caso da tragédia que deixou 19 mortos em Mariana, em 2015, segue sem resoluções criminais para os responsáveis pelo crime ambiental e não é visto como exemplo para o caso recente de Brumadinho, também em Minas Gerais.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o procurador da República que cuidou do caso de Mariana, Gustavo Henrique Oliveira, acredita que o “caso de Brumadinho pode chamar ainda mais atenção das autoridades para a necessidade de que o processo criminal ande mais rápido”.
Apesar de não estar ciente dos autos do processo de Brumadinho, o promotor afirmou que a sensação que existe é de que os acordos feitos pela Vale “andam muito devagar”. No caso de Mariana, por exemplo, as defesas usam de expedientes para adiar o processo e a oitiva de testemunhas não chegam a termo.
Sobre o pagamento das multas por parte da Samarco, no caso da tragédia de Mariana, Gustavo Henrique Oliveira disse que estas são expedidas pelos órgãos ambientais estadual e federal e as cobranças ficam a cargo deles. “Da parte do Ministério Público Federal fica a responsabilização civil e criminal”, explicou.
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