Colômbia insiste que Cuba entregue representantes do grupo autor de atentado em Bogotá

  • Por Jovem Pan
  • 22/01/2019 07h08 - Atualizado em 22/01/2019 10h25
EFE O país caribenho é responsável por mediar as negociações de paz entre o governo colombiano e o ELN

Após o Exército de Libertação Nacional (ELN) reivindicar o ataque contra uma escola de cadetes na Colômbia, autoridades do país reforçam o pedido para que Cuba entregue rebeldes escondidos na ilha.

O país caribenho é responsável por mediar as negociações de paz entre o governo colombiano e o ELN. Em um artigo publicado nesta segunda-feira (21), o grupo guerrilheiro declarou ser responsável pelo atentado com um carro-bomba que deixou 21 mortos e mais de 68 feridos em Bogotá.

Durante uma coletiva de imprensa, o ministro das Relações Exteriores colombiano reforçou o pedido do presidente Iván Duque para que Cuba extradite dez líderes rebeldes que estão abrigados no país.

Carlos García declarou, ainda, que medidas serão tomadas contra os responsáveis pelo ataque: “a Comissão Interamericana de Direitos Humanos afirma que o Estado tomará todas as medidas necessárias para investigar os fatos, julgar e punir os responsáveis por esses graves fatos que constituem o ataque mais grave registrado em 10 anos na cidade de Bogotá”.

Cuba já declarou que respeitará os protocolos das negociações de paz assinados por ambas as partes. Para o Alto Comissário de Paz, Miguel Ceballos, uma vez rompido o diálogo por parte da guerrilha, não será retomado pelo governo: “não podemos permitir que se aplique um protocolo para que alguns retornem às suas unidades na Colômbia e entrem na floresta para se esconderem da Justiça”.

O atentado, amplamente repudiado por colombianos e pela comunidade internacional, levou dezenas de milhares de pessoas às ruas no último domingo, em protesto contra a violência e em solidariedade à Polícia Nacional.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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