Comissão da Câmara discute o combate a crimes de ódio na internet
Deputados e representantes de entidades debateram nesta semana o combate a crimes de ódio na internet na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. No centro das discussões o aperfeiçoamento de leis já existentes, e principalmente a correta aplicação delas.
As audiências fazem parte do projeto de lei que tramita na Câmara e ratifica a Convenção Interamericana contra o Racismo e formas correlatas de intolerância.
A matéria deve ser votada na comissão no próximo dia 23.
Uma das convidadas foi a psicóloga Juliana Cunha, que coordena há 12 anos a ONG Safernet, uma central de denúncias de denúncias na internet. Na categorias crimes de ódio, ela inclui demonstrações de intolerãncia como racismo, xenofobia, homofobia e neonazismo.
Juliana aponta que até hoje mais da metade de todas as denúncias recebidas foram de crimes de ódio.
“As denúncias de crimes de ódio representam mais de 2 milhões de denúncias em um universo de quase 4 milhões de denúncias”, disse. “Além disso, 28% dessas denúncias envolvem racismo”, informou Juliana.
Já para a procuradora regional do grupo de trabalho sobre crimes cibernéticos do Ministério Público Federal em São Paulo, Priscila Costa Shreiner, a melhor forma de combate ao problema está na prevenção, que se baseia na educação.
A melhor forma de combate de crime de ódio na internet é a prevenção, levar a educação às crianças e adolescentes para que elas se tornem adultos conscientes que não proliferem o racismo e a discriminação não só dentro da internet, mas fora dela”, defendeu.
Com informações do repórter Levy Guimarães ao Jornal da Manhã
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