Conclusão de acordo entre Mercosul e UE é quase certo, indica Bolsonaro em encontro com Macri

EFE/Juan Ignacio Roncoroni Jair Bolsonaro e Maurício Macri se encontraram em Buenos Aires na quinta-feira (6)

Para fortalecer os laços com países da América do Sul, o presidente Jair Bolsonaro esteve em Buenos Aires nesta quinta-feira (6). Em um encontro com o presidente da Argentina, Maurício Macri, Bolsonaro praticamente pediu votos ao líder, que tentará a reeleição em outubro.

“Conclamo o  povo argentino que Deus abençoe a todos porque eles terão pela frente agora eleições e todos têm que ter, assim como no Brasil a maioria teve, muita responsabilidade, muita razão e menos emoção para decidir”, declarou o presidente brasileiro.

Bolsonaro  já vem dizendo abertamente  nos últimos tempos que teme o retorno da esquerda ao poder na Argentina. Fala inclusive do risco da Argentina se transformar numa nova Venezuela.  A ex-presidente Cristina Kirchner será novamente candidata, dessa vez a vice,  o que, segundo Jair Bolsonaro, é motivo de preocupação para os demais países aqui da América do Sul.

Depois de mais de 20 anos de discussão, o presidente disse que está confiante de que agora sai o acordo de livre comércio da Argentina com a União Europeia.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, fala na possibilidade do acordo ser assinado entre quatro e cinco semanas. De acordo com o presidente, faltam apenas alguns detalhes com relação à laticínios e vinhos.

O presidente argentino também demonstrou otimismo. Macri não falou em eleição, disse apenas que Brasil e Argentina hoje trabalham juntos no combate ao narcotráfico e à criminalidade na fronteira. Macri lembrou que foram assinados acordos para construção de duas hidrelétricas na região de fonteira entre o Brasil e Argentina, próximo do Rio Grande do Sul.

O presidente brasileiro, que já confirmou presença na reunião do G20 no fim do mês no Japão, disse que sugeriu um encontro dos países da América do Sul com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Bolsonaro também afirmou que espera por um ruptura na cúpula do exército da Venezuela para que o então presidente Nicolás Maduro seja retirado do cargo.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin