Crise da Amazônia repercurte na imprensa internacional

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 23/08/2019 09h49 - Atualizado em 23/08/2019 10h48
EFE/arquivo/Marcelo Sayão Desmatamento na Amazônia - floresta amazônica - amazonas O Financial Times traz uma entrevista com o ministro Ricardo Salles, afirmando que é preciso monetizar a Amazônia para poder protegê-la

A crise da Amazônia estampa as primeiras páginas de diversas publicações inglesas nesta sexta-feira (23). BBC News, The Guardian, Financial Times dão destaque ao assunto hoje no que se tornou em mais uma pá de cal na já combalida reputação do Brasil no exterior.

O chamado de Emmanuel Macron para discutir o crescimento das queimadas na Amazônia deu outro destaque para o tema, que nos últimos dias já vinha sendo amplamente debatido aqui no exterior.

A BBC por exemplo traz uma série de reportagens sobre a destruição continuada da floresta tropical e os embates entre Macron e Jair Bolsonaro sobre o tema.

No The Guardian destaque para a reação de celebridades mundo afora sobre a situação da floresta, incluindo comentários da cantora Madonna e do jogador de futebol Cristiano Ronaldo. Já o Financial Times traz uma entrevista com o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmando que é preciso monetizar a Amazônia para poder protegê-la.

O diário londrino afirma que “as declarações aumentam as preocupações crescentes sobre a capacidade do governo nacionalista do presidente Jair Bolsonaro de proteger a maior floresta tropical do mundo.”

A Europa vem tentando liderar os esforços globais para controlar as mudanças climáticas diante do ceticismo mostrado pelos Estados Unidos.
O assunto virou prioridade por aqui e até por isso o tuíte de Emmanuel Macron ganhou ampla repercussão na imprensa europeia.

É claro que discutir as queimadas da Amazônia sem a presença do Brasil, no encontro do G7 em Biarritz, soa um tanto quanto oportunista. É preciso lembrar que o atual governo vem retirando o país dos esforços internacionais para debater questões ambientais, sendo que este é justamente um dos raros temas em que o Brasil tem alguma capacidade de mostrar protagonismo internacional.

Como o país está voltado para si mesmo no momento, fica difícil controlar a narrativa no exterior sobre como andam as coisas por aí.

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