Defesa de Wesley Batista critica denúncia feita pelo MP-SP

O MP ofereceu denúncia contra o empresário nesta terça (07)

  • Por Jovem Pan
  • 08/05/2019 09h00
Luis Macedo/Câmara dos Deputados A defesa de Wesley Batista (direita) alegou que o conteúdo apresentado nesta terça-feira (07) pelo MPF é igual ao que já foi apresentado em 2017

Os advogados de defesa do empresário Wesley Batista criticaram a denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal de São Paulo do uso de informações privilegiadas para lucrar no mercado financeiro.

A defesa alegou que o conteúdo apresentado nesta terça-feira (07) pelo MPF é igual ao que já foi apresentado em 2017 e nem sequer está com os valores corretos.

A denúncia afirma que Wesley comandou operações de câmbio em nome da Seara Alimentos e da Eldorado Celulose quando o conteúdo da delação dele e do irmão, Joesley Batista, estava sob sigilo.

A procuradora Thaméa Danelon explicou que Wesley realizou a compra de dólares pelas empresas dias antes da divulgação da colaboração premiada. De acordo com a procuradora, a transação gerou o lucro de aproximadamente R$ 64 milhões.

A defesa de Welsey Batista argumenta que o executivo não tinha como saber quando a delação seria homologada pelo Supremo Tribunal Federal e que, por isso, não teria como fazer uso dessas informações.

Os advogados ainda afirmam que já foi provado que essas operações eram típicas do dia a dia das empresas para garantir a performance financeira delas.

Já o MPF diz o contrário e garante que relatórios periciais da Procuradoria-Geral da República demonstraram transações atípicas realizadas pelo grupo.

A pena pelo crime de insider trading varia de 1 a 5 anos de reclusão e multa de até três vezes o valor da vantagem ilícita obtida com o crime.

*Informações da repórter Nanny Cox

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