Deputado João Rodrigues é preso pela PF no Aeroporto de Guarulhos

  • Por Jovem Pan
  • 08/02/2018 08h28 - Atualizado em 08/02/2018 08h58
Gustavo Lima/Câmara dos Deputados Ele estava nos Estados Unidos e a PF levantou que ele teria alterado o destino final da passagem dele do Brasil para o Paraguai

A Polícia Federal prendeu na manhã desta quinta-feira (08) o deputado federal João Rodrigues (PSD) no Aeroporto Internacional de Guarulhos.

No início desta semana, na terça (06), o Supremo Tribunal Federal determinou a execução imediata de pena do parlamentar. Ele foi condenado em segunda instância, pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a cinco anos e três meses de reclusão em regime semiaberto.

Ele estava nos Estados Unidos e a PF levantou que ele teria alterado o destino final da passagem dele do Brasil para o Paraguai. Com isso, a PF avisou a Interpol e, com isso, foi possível que as autoridades americanas impedissem que ele tomasse um voo para o Paraguai e fosse encaminhado para Guarulhos.

A PF informou às autoridades porque no próximo dia 12 poderia haver a prescrição da execução da pena. Ainda será informado para onde o deputado será levado.

“Com receio de que ocorresse a prescrição da execução da pena, prevista para a próxima segunda-feira (12), a Polícia Federal comunicou o fato ao Ministro Alexandre de Moraes, presidente da Primeira Turma do STF, que autorizou a inclusão em difusão vermelha no banco de dados da Interpol. Com base nisto, João Rodrigues foi impedido de entrar no Paraguai e tendo sido embarcado em voo rumo a Guarulhos/SP, onde foi preso”, diz a nota da PF.

Em vídeo gravado e enviado pela defesa do deputado à imprensa, o próprio parlamentar fala sobre sua prisão. O parlamentar afirma que estava retornando com a família de Orlando e o destino seria Campinas, São Paulo. No entanto, diante da decisão do STF, ele decidiu mudar para Assunção, no Paraguai. “Eu quis evitar o constrangimento da minha família. Por isso, descemos em Assunção para amanhã de manhã fazer o deslocamento de carro até Chapecó, onde sexta-feira, conforme já havia anunciado, estaria me apresentando à Polícia Federal para início de cumprimento de pena, já que tinha mandado de prisão em andamento”, afirma o deputado no vídeo.

No vídeo, o deputado João Rodrigues afirma ainda que seus advogados trabalharão para reverter o caso. “Até porque meu caso não tem dano, não tem desvio de dinheiro, não tem rombo. A pergunta que eu faço: qual é o valor do desvio? Não tem valor nenhum. Mas, muito bem. A Justiça é para todos. Ela precisa ser cumprida”, afirma o parlamentar.

O caso

Condenado em 2009, à época João Rodrigues era prefeito de Chapecó (SC) e por isso foi julgado diretamente na segunda instância. A acusação é por fatos ocorridos em 1999, quando ele exerceu por 30 dias o cargo de prefeito interino de Pinhalzinho (SC).

O caso iria perder a validade em fevereiro, mas a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu que a pena fosse cumprida imediatamente em dezembro do ano passado.

Com a decisão, Rodrigues é o terceiro deputado a cumprir pena: Paulo Maluf (PP-SP) e Celso Jacob (PMDB-RJ) estão presos.

*Com informações de Estadão Conteúdo

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