Onyx: ‘Deputados se empenharam em conseguir verba. É legítimo’

  • Por Jovem Pan
  • 11/07/2019 08h06 - Atualizado em 11/07/2019 11h23
Fátima Meira/Estadão Conteúdo Onyx Lorenzoni Segundo ele, parlamentares precisam trabalhar para que dinheiro volte para seus estados e municípios

O ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, disse que o recurso de aprovar emendas para parlamentares que votassem a favor da reforma da Previdência é “legítimo”, e que contou com o empenho dos próprios deputados. Em entrevista ao Jornal da Manhã nesta quinta-feira (11), ele negou que o valor oferecido tenha sido de R$ 40 milhões por político.

“Não foi nada disso, e sim de acordo com cada programa, com a demanda de cada região. Em algumas, a demanda maior é no ministério da Integração. Em outras, na Saúde, Agricultura… Não tem nada a ver com esses valores. O que teve foi um empenho dos deputados em conseguir verba. É legitimo, um dever do parlamentar”, declarou.

Segundo ele, a cada R$ 100 em impostos arrecadados por um município ou estado, cerca de R$ 63 voltam para a União, deixando apenas o resto para o local. Dessa forma, para Onyx, é “papel do parlamentar, seja ele deputado, senador, fazer com que isso volte para o seu município. Eles tem que lutar por emendas impositivas e por recursos extra nos programas governamentais”, afirmou.

“Campeonato mundial do desenvolvimento”

O ministro comemorou o placar da aprovação do texto-base da reforma. De acordo com ele, alguns votos vieram da oposição, que “abriu mão de bandeiras partidárias e ideológicas para votar a favor do Brasil”.

“Na planilha que tínhamos, trabalhávamos com um número que oscilava de 348 a 357, 360 com sorte. Fomos surpreendidos positivamente com 379 votos, que sem duvida nenhuma vieram da oposição, e acho que a gente pode olhar como uma tomada de consciência de mais de 20 parlamentares”, disse.

Segundo ele, agora, as expectativas são as melhores possíveis. “O Brasil terá um cálculo econômico, previsibilidade, equilíbrio das contas… Vai oferecer um novo cenário para o investidor interno e externo. Esse foi o primeiro passo. Provavelmente no Senado, no momento em que for apertado o botão, o Brasil vai se ombrear com Austrália, Canadá, Chile, países que sempre olhamos com inveja boa”, comemorou.

“Resolvida a questão previdenciária, nos próximo 20 ou 30 anos estaremos no campeonato mundial do desenvolvimento, do desemprego e com condições de ir para a ponta de cima desse campeonato, para trazer a prosperidade, que é o que o Brasil e os brasileiros querem.”

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