Desde sua sanção, Lei Seca evitou mais de 40 mil mortes, aponta estudo

  • Por Jovem Pan
  • 15/12/2017 07h20 - Atualizado em 15/12/2017 07h21
Rodolfo Oliveira/Agência Pará A primeira versão da lei foi sancionada em junho de 2008, alterando o Código Brasileiro de Trânsito e fixando limites de concentração de álcool no sangue para motoristas

Estudo do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro, órgão da Escola Nacional de Seguros, mostra que em quase dez anos, a Lei Seca evitou a morte de mais de 40 mil pessoas e a invalidez permanente de outras 235 mil.

A primeira versão da lei foi sancionada em junho de 2008, alterando o Código Brasileiro de Trânsito e fixando limites de concentração de álcool no sangue para motoristas.

Pouco mais de quatro anos depois, em dezembro de 2012, houve endurecimento da lei, trazendo a tolerância zero para álcool e penas mais duras para os infratores, dobrando o valor da multa e o tempo de apreensão da carteira de habilitação.

Segundo Natália Oliveira, coordenadora do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro, o endurecimento da lei ajudou a minimizar os casos: “o nosso estudo a gente dividiu a lei destes dois períodos e a eficácia dela foi maior quando aumentou a punição e alcoolemia zero”.

No Brasil, os números de mortes em acidentes de trânsito desde 2005 nunca estiveram tão baixos, caindo 20% no período, mesmo que o número de acidentados tenha aumentado 19%.

Mesmo assim, segundo Natália, isso mostra que a Lei Seca fez diminuir a gravidade dos acidentes: “o que a gente conseguiu observar é que números de acidentes não diminuiu, mas a gravidade diminuiu”.

O estudo também aponta que a Lei Seca permitiu uma economia de R$ 558 bilhões no período, correspondente à capacidade produtiva de homens e mulheres que tiveram suas vidas poupadas graças à aplicação da lei.

Ou seja, essas pessoas, livres dos acidentes, conseguem produzir e gerar em suas ações esse montante para a economia brasileira.

Acidentes de trânsito são uma das principais causas de invalidez e de morte precoce no Brasil.

Apenas entre 2010 e 2012, colisões e atropelamentos deixaram 134 mil mortos no Brasil.

*Informações do repórter Fernando Martins

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