“Do perdido, a metade”, diz relator sobre votar proposta de reforma da Previdência mais enxuta

  • Por Jovem Pan
  • 10/11/2017 09h25
Antonio Cruz/Agência Brasil Antonio Cruz/ Agência Brasil "Hoje é difícil submeter o texto aprovado na comissão ao plenário e conseguir os 308 votos”, disse o relator Arthur Maia

Faltando pouco para o fim do ano legislativo, há a gora a possibilidade da aprovação de uma reforma da Previdência mais enxuta do que a proposta enviada inicialmente pelo Governo. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, inclusive, defendeu que alguns pontos da reforma, como idade mínima para aposentadoria e regras de transição, podem ser votados ainda neste ano.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o relator da reforma previdenciária, Arthur Maia, ressaltou a importância de se discutir o assunto ainda neste ano. “Tivemos paralisia política, não se tratou de nenhum tema positivo de lá para cá. Isso paralisou as reformas. Diria que há cinco meses, quando aconteceu a delação da JBS, havia a possibilidade próxima de 100% de certeza de aprovar o que foi na comissão. Mas, de lá para cá, muitas coisas mudaram. Hoje é difícil submeter o texto aprovado na comissão ao plenário e conseguir os 308 votos”, disse.

Arthur Maia falou ainda que é melhor aprovar parte da proposta do que nada. “Do perdido, a metade. Se temos coisa boa e positiva e perdemos isso por completo, a metade já é uma grande solução. As mudanças que estão sendo propostas garantirão a aprovação de uma economia maior do que a metade do que foi encaminhado no projeto original. Mas é importante que se diga que não tem nenhuma razão. Fazemos a reforma para garantir duas vitórias essenciais”, disse.

O relator referiu-se ao estabelecimento da idade mínima para aposentadoria de 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres, a começar progressivamente em 2020, e a regra de transição.

Questionado se seria feito um novo projeto de reforma a ser apresentado ao Governo, Maia negou e afirmou que a proposta de agora irá para votação no plenário, mas serão apresentadas emedas excluindo determinados pontos que não serão discutidos neste momento.

“É importante dizer que as mudanças que estão sendo feitas têm a força de acabar com os privilégios, porque isso é o mais importante. Há uma diferença brutal entre a realidade do setor público e privado. Temos que acabar com isso”, finalizou.

Confira a entrevista exclusiva com o relator da reforma da Previdência, Arthur Maia:

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