Eleições para o Parlamento Europeu começam nesta quinta (23)

Cerca de 200 milhões de pessoas vão às urnas nos 28 países-membros da União Europeia

  • Por Jovem Pan
  • 23/05/2019 07h07 - Atualizado em 23/05/2019 09h53
Wikimédia Wikimédia A eleição de quatro dias influencia não só a formulação de políticas em Bruxelas nos próximos cinco anos, mas também o próprio futuro do projeto da UE

Cerca de 200 milhões de pessoas vão às urnas nos 28 países-membros da União Europeia para escolher as 751 cadeiras do Parlamento Europeu. A eleição de quatro dias influencia não só a formulação de políticas em Bruxelas nos próximos cinco anos, mas também o próprio futuro do projeto da UE.

O Parlamento é a única entidade para a qual os representantes são eleitos diretamente, e os países têm autonomia para decidir como são escolhidos seus membros.

Tradicionalmente, grupos pró-União Europeia dominam o Parlamento, mas há a expectativa de que populistas de direita e políticos que se opõem à União ganhem espaço.

Nas eleições de 2009, somados, esses grupos tinham 11% das cadeiras. Em 2014, foram 20%.

Cinco nomes devem desempenhar um papel importante nas eleições do Parlamento Europeu deste ano, que começam na quinta-feira (23). O primeiro é o homem forte do governo da Itália e chefe da extrema direita do país, Matteo Salvini, que busca unir os soberanos de cada país no Parlamento Europeu ao lado de sua amiga da extrema direita francesa Marine Le Pen.

Outro que deve ter um papel importante é o primeiro-ministro da Hungria, o nacionalista conservador Viktor Orbán no poder desde 2010 .

O presidente francês, Emmanuel Macron, com um discurso pró-Europa desde a campanha que o levou à presidência em 2017, vem se apresentando como principal adversário dos líderes populistas europeus.

Com seu partido A República em Marcha, ele espera reforçar o centro do espectro político do Parlamento convocando os europeus a construir uma grande coalizão de progressistas frente àqueles que querem destruir a Europa.

Por fim, o vencedor das eleições legislativas no fim de abril e dirigente de maior peso no bloco, o primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, deve sair mais forte das eleições europeias.

As pesquisas apontam seu partido com quase 30% das intenções de voto e 17 ou 18 assentos no Parlamento Europeu.

*Informações do repórter Victor Moraes

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