Em caminhada no Dia do Advogado, OAB-PR pede o fim da violência de gênero

  • Por Jovem Pan
  • 13/08/2018 06h20
Ascom/OAB-Paraná A caminhada saiu da sede da OAB em Curitiba e seguiu até o Centro Cívico da cidade, na tarde do último sábado (11)

A Ordem dos Advogados do Paraná promoveu um ato em comemoração ao Dia do Advogado e em memória à Tatiane Spitzner. A advogada foi agredida e assassinada pelo marido Luis Felipe Manvailer no dia 22 de julho em Guarapuava.

A caminhada saiu da sede da OAB em Curitiba e seguiu até o Centro Cívico da cidade, na tarde do último sábado (11). Os participantes também aproveitaram para lembrar mulheres que foram vítimas da violência de gênero, como a vereadora Marielle Franco e a PM Juliane dos Santos Duarte, assassinada na comunidade Paraisópolis na última semana.

Os participantes carregaram bexigas brancas e cartazes pedindo o “não à violência” e com a hashtag Advocacia Unida por Tatiane Spitzner.

A advogada paranaense foi encontrada morta depois de cair do 4º andar do prédio em que morava com o biólogo Luis Felipe Manvailer. Antes da queda, imagens das câmeras de segurança mostraram Tatiane sendo agredida por ele por, pelo menos, 15 minutos.

Um laudo médico solicitado pelo Ministério Público do Estado relatou que Manvailer não se lembra do ocorrido e acha que a mulher pulou da sacada. Ele diz que não usou drogas no dia do ocorrido, mas que consumiu gim, vodka e uísque.

No relatório, também está documentado que Manvailer lamentou que todos já o julgam como se tivesse assassinado a esposa.

O Ministério Público pediu uma avaliação psiquiátrica e psicológica do biólogo antes de analisar um pedido feito pela defesa dele para transferência de centro de detenção.

Os advogados disseram que Manvailer tentou tirar a própria vida e, por isso, deveria ser levado da penitenciária Industrial de Guarapuava para o Complexo Médico Penal, localizado em Pinhais.

Luis Felipe Manvailer é acusado pelos crimes de cárcere privado, fraude processual e homicídio por meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima, motivo fútil e feminicídio.

*Informações da repórter Nanny Cox

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