Com crise, perfil do consumidor brasileiro muda, aponta pesquisa

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2017 11h23 - Atualizado em 05/07/2017 11h23
Agência Brasil Pesquisa da Kantar Worldpanel mostra as categorias de vendas que mais caíram e mais cresceram no último ano

Brasileiro substitui itens do carrinho de compras e pensa no custo-benefício antes de cortar produtos dispensáveis. Com dinheiro curto e o desemprego com altas taxas no País, o consumidor prefere substituir alguns produtos por similares mais baratos.

As conclusões são de uma pesquisa da Kantar Worldpanel que mostra as categorias de vendas que mais caíram e mais cresceram no último ano.

As crianças, por exemplo, perderam a sobremesa petit suisse e os queijinhos processados, que tiveram queda de trinta e nove por cento nas vendas.

De acordo com o levantamento, os produtos que tiveram aumento de vendas foram o chá líquido, o cappuccino solúvel, o molho para salada e a água de coco.

A diretora de Negócios e Marketing da Kantar, Christine Pereira, aponta que está ocorrendo uma racionalização do consumo: “o consumidor brasileiro está com bolso mais apertado e tendo que racionalizar seu carrinho de compras. Cada vez mais ele não quer abrir mão de produtos que ele colocou no seu carrinho de compras no passado”.

Esse é o caso da Andreia Cavalcante: mesmo com a crise apertando o orçamento, a funcionária pública tem um item que não pode faltar na mesa de casa: “geleia francesa, sempre levo”.

Já o corretor de imóveis Luis Fernando só leva o básico e acredita que o supérfluo tem que ficar fora da lista de compras: “eu corto e deixo para outra hora. Mantenho o básico até as coisas melhorarem”.

Christine Pereira, da Kantar, disse que o consumidor está de olho na relação entre o quanto se gasta e o que o produto oferece: “custo acessível. É o produto de quanto ele paga e o quanto ele recebe com aquele determinado produto. O consumidor faz mais a análise do custo-benefício”.

A pesquisa analisou 96 categorias de compras no período de abril de 2016 a março de 2017.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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