Enem digital evitará fraudes, diz ministro da Educação

Nesta quarta-feira (3), o Inep e o Ministério da Educação anunciariam que o Enem será totalmente digital a partir de 2026

  • Por Jovem Pan
  • 04/07/2019 10h30 - Atualizado em 04/07/2019 11h33
Agência Brasil O ministro da Educação, Abraham Weintraub

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou nesta quinta-feira (4), em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, que a versão digital do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) deve evitar fraudes. Segundo o ministro, a parte mais fácil para se fraudar é na consolidação das notas.

Nesta quarta-feira (3), o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação anunciariam que o Enem será totalmente digital a partir de 2026. Já no ano que vem, haverá um projeto-piloto que terá custo de R$ 20 milhões e será aplicado para 50 mil candidatos de 15 capitais — o que corresponde a 1% dos participantes.

“O local mais adequado para você fraudar é na consolidação das notas. Fraudar na ponta é a parte mais difícil e a mais primária”, disse. “O veículo em papel facilita a fraude, como acontece na ponta, com microfone, ponto eletrônico, etc. A parte digital é toda blindada, não tem dificuldade nesse aspecto”, explicou ele.

Weintraub disse entender “o receio de uma mudança”, mas ele deu como exemplo as transações bancárias, que são todas online e não há fraude. O ministro afirmou, ainda, que atualmente é possível um brasileiro prestar uma prova para entrar numa universidade dos Estados Unidos por meio eletrônico.

O ministro da Educação afirmou também que a preocupação é com os mais de 5 milhões de candidatos que realizam o exame. “Se der para fazer com 2% [dos candidatos] sem prejudicar ninguém, nós vamos fazer”, disse Weintraub.

Contingenciamento das universidades

Abraham Weintraub comentou, durante a entrevista à Jovem Pan, que “houve uma gritaria generalizada” quando foi anunciado o contingenciamento de 3,5% das verbas das universidades federais, mas que, até o momento, “não há uma única universidade federal fechada, sem luz, onde o bandejão não esteja funcionando”. “O que está havendo é uma gestão eficiente, do meu ponto de visto, e conseguimos sim manter o contingenciamento dentro da lei”, afirmou ele.

O ministro disse que está otimista com o segundo semestre, após a aprovação da reforma da Previdência. De acordo com ele, a “a economia vai deslanchar” e haverá recursos para investir na educação básica.

“Para colocarmos 50% de todas as crianças na creche, temos que gastar R$ 3 bilhões por ano. Só a universidade federal do Rio de Janeiro custa R$ 3,5 bilhões”, disse.

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