Enfrentando oposição, Márcio França pede responsabilidade para que projetos sejam votados na Alesp
Enfrentando oposição tucana na Assembleia Legislativa de São Paulo, Márcio França pede que parlamentares votem projetos parados na casa. O governador de São Paulo deu a declaração nesta segunda-feira (16) durante visita à feira de calçados Francal, na Zona Norte da capital paulista.
O PSDB é governo no parlamento paulista desde 1995, com a ascensão de Mário Covas ao poder. Só que, com Márcio França (PSB) no poder e candidato à reeleição, os tucanos têm impedido a tramitação até de um projeto que foi apresentado por Geraldo Alckmin.
Se trata da proposta que extingue o Instituto de Pagamentos Especiais de São Paulo, entidade que cuida da carteira previdenciária de advogados e de cartórios. O texto determina a extinção do fundo e o próprio Estado administraria os recursos, colocando mais de R$ 1 bilhão nos cofres estaduais. A verba tem destinação certa, mas, mesmo assim, ajudaria o governo a fechar as contas deste ano no azul.
O governador Márcio França pede que os parlamentares votem o projeto não porque ele é de Alckmin, mas sim porque ele seria importante para o Estado: “tem que separar o episódio administrativo de governabilidade, de responsabilidade administrativa. São Paulo não quer nem saber quem é A, B, partido. No fundo, tem que ter a responsabilidade do que é importante. Não é porque é do Alckmin, é porque o projeto é bom e deve ser aprovado. É jogo da política, mas a política aqui não é boa”.
O impasse político também impediu que os parlamentares entrassem em recesso pela primeira vez em 12 anos. Até agora, os deputados estaduais não votaram a lei de diretrizes orçamentárias para o ano que vem; condição para que eles façam a parada do mês de julho.
*Informações do repórter Tiago Muniz
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