Entidades da saúde lançam manifesto por campanhas de vacinação

  • Por Jovem Pan
  • 26/07/2018 08h28 - Atualizado em 26/07/2018 08h29
José Cruz/Agência Brasil José Cruz/Agência Brasil Especialistas alertaram sobre o risco de a poliomielite voltar a circular em território nacional caso as crianças não sejam vacinadas

Entidades e Ministério da Saúde lançam nesta quinta-feira (26) um manifesto de em prol das campanhas de vacinação. O objetivo é alertar a população e profissionais da saúde para a importância do combate a doenças como o sarampo e a poliomielite.

A partir do dia 6 de agosto, acontecerá a Campanha Nacional de Vacinação contra estas duas doenças, que já eram consideradas erradicadas no Brasil. O governo brasileiro reforçou que as vacinas que integram o Calendário Nacional de Vacinação são seguras e eficazes.

O manifesto é encabeçado pela Sociedade Brasileira de Infectologia, em parceria com as sociedades brasileiras de Pediatria, de Imunizações e o Rotary Internacional.

O consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia, Leonardo Weissmann, destaca que a população precisa buscar informações confiáveis:

“Muitas notícias falsas circulam em aplicativos falando mal das vacinas. Mas se os pais não vacinarem as crianças contra a paralisia infantil, existe a chance de ela voltar ao Brasil. Daí seria uma catástrofe”, disse Weissmann.

No início do mês, a coordenadora do Programa Municipal de Imunizações da Prefeitura de São Paulo já alertava para a necessidade de vacinar 95 por cento da população contra a polio.

Maria Ligia Nerger explica que a paralisia infantil ainda não foi erradicada em todos os países:

“Se mantivermos essas coberturas baixas existe, sim, o risco de reintrodução da doença no País, porque ainda existem países com a doença circulando, dois considerados endêmicos, que não eliminaram a poliomielite: Paquistão e Afeganistão. E a circulação das pessoas e a globalização podem trazer a doença”, alertou.

O Ministério Público de São Paulo instaurou nesta quarta-feira um inquérito civil para investigar o baixo índice de vacinação infantil na capital paulista.

A promotora de Justiça Luciana Bergamo pede esclarecimentos ao governo estadual e à prefeitura paulistana sobre as medidas que estariam sendo tomadas em relação à baixa cobertura.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo informou que ainda não foi notificada, mas que está à disposição para prestar os esclarecimentos necessários.

As informações são de Afonso Marongoni ao Jornal da Manhã

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