Equador endurece acesso de venezuelanos no país

  • Por Jovem Pan
  • 22/01/2019 08h14 - Atualizado em 22/01/2019 10h15
EFE O presidente do Equador, Lenín Moreno O governo do Equador afirmou nesta segunda-feira (21) que vai passar a exigir os antecedentes criminais dos venezuelanos que pretendem entrar no país; na imagem, o presidente equatoriano Lenín Moreno

O governo do Equador afirmou nesta segunda-feira (21) que vai passar a exigir os antecedentes criminais dos venezuelanos que pretendem entrar no país. A medida acontece após um cidadão venezuelano assassinar à faca uma grávida na cidade de Ibarra, no norte do país, neste fim de semana.

O fato chocou os moradores locais e o governo precisou pedir para que os cidadãos evitem atos de violência.

Segundo o vice-presidente equatoriano, Otto Sonnenholzner, é necessário diferenciar os venezuelanos que fogem do regime de Nicolás Maduro e outros que se aproveitam da situação para cometer crimes. Ele ressaltou que não pode haver generalizações, mas é importante agir com a mão firme em casos de criminalidade.

O vice-presidente afirmou que o regime de Caracas se nega a entregar dados sobre os cidadãos do país que chegam em território equatoriano. No domingo, foi anunciado que serão estabelecidas brigadas de controle da situação legal dos venezuelanos em ruas, lugares de trabalho e de fronteira.

Organizações de imigrantes criticaram a decisão, temendo que se inicie uma perseguição contra os imigrantes.

O chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, acusou o governo equatoriano de incitar “uma perseguição fascista contra os venezuelanos”. Ele também disse que o presidente do Equador, Lenín Moreno, não pode considerar a nacionalidade como um critério de criminalização.

Em 2018 mais de um milhão de venezuelanos entraram no Equador, fugindo da grave crise econômica e política que abala o país. A maioria dos imigrantes, no entanto, seguiu para o Peru e o Chile e não permanece em território equatoriano.

*Informações do repórter Afonso Marangoni

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