Erdogan critica pedido dos EUA após anúncio da retirada das tropas norte-americanas da Síria

  • Por Jovem Pan
  • 09/01/2019 06h41 - Atualizado em 09/01/2019 09h58
EFE erdogan-turquia Erdogan afirmou que Bolton cometeu um grave erro e disse que é impossível aceitar a mensagem do conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos

O presidente da Turquia, Recept Tayyip Erdogan, criticou o pedido do conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos para proteger as forças curdas na Síria. Em dezembro, os Estados Unidos anunciaram a retirada das tropas norte-americanas da Síria depois que a Turquia se comprometeu a erradicar o que resta do Estado Islâmico naquele país.

Em viagem à Turquia e Israel, John Bolton reforçou o pedido de proteção às forças curdas, que são inimigas das autoridades turcas.

A milícia curda Unidades de Proteção Popular, conhecida como YPG, tem atuado no combate ao estado Islâmico ao lado das tropas norte-americanas.

Bolton explicou que a retirada dos Estados Unidos da Síria só será efetivada quando a Turquia garantir a segurança das Forças Democráticas Sírias, controladas justamente pela YPG.

Para as autoridades turcas, esses grupos são uma extensão da facção terrorista Partido dos Trabalhadores Curdos, que lidera uma guerrilha no sudeste da Turquia.

Erdogan afirmou que Bolton cometeu um grave erro e disse que é impossível aceitar a mensagem do conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos.

John Bolton se reuniu com o assessor do presidente da Turquia, Ibrahim Kalin, nesta terça-feira. Após o encontro, Kalin disse que antes de deixarem o território sírio, as tropas norte-americanas devem recuperar as armas entregues aos soldados da YPG.

Ainda segundo o assessor, as autoridades dos Estados Unidos garantiram que trabalham para que isso aconteça.

Nos últimos dias, o presidente norte-americano Donald Trump explicou que a retirada dos soldados não será feita de forma precipitada. Depois que isso acontecer, a YPG indicou que deve buscar um acordo com o regime do presidente da Síria Bashar al Assad.

*Informações da repórter Nanny Cox

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