Exame de toque retal: apesar do machismo, comportamento masculino vem mudando

  • Por Jovem Pan
  • 03/08/2017 08h57 - Atualizado em 03/08/2017 13h21
Profissionais da saúde. Foto: Marcos Santos/USP Imagens Marcos Santos/USP Imagens Se detectado no início, a perspectiva de tratamento e cura deste câncer é de mais de 90%

O estudo do Instituto Datafolha mostrou que para 21% da população masculina o exame do toque retal não é coisa de homem. O levantamento foi feito em estádios de futebol, e ouviu um público que tinha, em média, 52 anos de idade. Metade dos entrevistados tinha ensino superior. 48% deles também responderam que os homens deixam de fazer este exame por causa do machismo.

A reportagem tentou ouvir homens que ainda não chegaram na idade de fazer este exame como rotina. A ideia é mesmo saber se podemos ter um pouquinho de esperança com as gerações que virão: ouvimos então homens que têm entre 35 e 45 anos. Alguns deles dizem que seria normal, mas que o preconceito acontece.

Ou seja: o machismo ainda está lá – persistente em suas piadinhas, mas, há esperança com o único remédio possível: o combate à ignorância.

Então falamos com o presidente da Sociedade Brasileira de Urologia- Sucursal São Paulo, Flávio Trigo. É só o exame do toque retal que identifica o câncer de próstata? “O toque, na verdade, complementa o exame do PSA, que é o exame de sangue para detectar câncer de próstata”.

E a partir de quantos anos ele deve se tornar rotina? “A recomendação da OMS é que a partir dos 50 anos todos os homens devem fazer o exame de toque e do PSA. Para quem tem histórico, os exames devem ser feitos a partir dos 40 anos”, disse o médico.

Se detectado no início, a perspectiva de tratamento e cura deste câncer é de mais de 90%.

*Informações da repórter Helen Braun

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