Força-tarefa da Lava Jato vê Paulo Preto como ‘elo entre outros beneficiários’, diz procurador

  • Por Jovem Pan
  • 20/02/2019 09h33
Geraldo Magela/Agência Senado Segundo as investigações da 60ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira (19), Paulo Preto tinha R$ 100 milhões em espécie no Brasil

Preso nesta terça-feira (19) em nova fase da Operação Lava Jato, Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, e apontado como operador financeiro do PSDB, é visto como um elo entre outros beneficiários.

A análise foi feita pelo procurador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Roberson Pozzobom, em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã. “Os R$ 130 milhões, tudo indica que não era só para ele. Conectando os pontos da investigação e o fato de que em 2007 e 2008 ele recebeu diretamente de empreiteiras, a gente consegue enxergá-lo como elo, ponte entre outros beneficiários. A gente busca também investigar onde foram parar os R$ 110 milhões que ele entregou para a Odebrecht”, disse.

Preto guardava em dois apartamentos o dobro do dinheiro que foi encontrado em 2017 num imóvel do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Segundo as investigações da 60ª fase da Operação Lava Jato, deflagrada nesta terça-feira (19), Paulo Preto tinha R$ 100 milhões em espécie no Brasil.

Questionado sobre os valores apresentados nesta terça em coletiva sobre a 60ª fase, Pozzobom disse que a força-tarefa conseguiu “diversos elementos objetivos de provas a partir de acordos de colaboração, acordos de leniência e cooperações internacionais”.

O procurador citou mensagens trocadas entre os envolvidos combinando a retirada de dinheiro na época dos fatos.

Paulo Preto foi preso nesta terça-feira pela Operação Ad Infinitum. A ação cumpriu também doze mandados de busca e apreensão em endereços ligados a ele e ao ex-ministro Aloysio Nunes (PSDB).

Confira a entrevista completa com o procurador da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, Roberson Pozzobom:

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.