Força-tarefa do MP cumpre mais de 400 mandados contra facções em megaoperação

  • Por Tiago Muniz/Jovem Pan
  • 04/12/2018 09h00 - Atualizado em 04/12/2018 09h50
Divulgação Gaeco O objetivo principal dessa atividade integrada é prender integrantes de facções criminosas

Uma ação de âmbito nacional, articulada pelo Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) – colegiado que reúne os Gaecos de todo o país, realiza, nesta terça-feira (3), operações em 10 estados brasileiros. Dezenas de promotores de justiça, com a ajuda de forças policiais, cumprem mandados de prisão e de busca e apreensão contra integrantes de seis facções criminosas que atuam em diferentes regiões do país.

As operações acontecem, simultaneamente, nos Estados do Acre, Alagoas, Espírito Santo, Paraíba, Rio de Janeiro, Roraima, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins, bem como no DF. O Ministério Público nos Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Paraná e Rio Grande do Sul também realizam realizam diligências e prisões.

O objetivo principal dessa atividade integrada é prender integrantes das facções criminosas Primeiro Comando da Capital (PCC) – de origem paulista; Comando Vermelho (CV), Terceiro Comando Puro (TCP) e Amigo dos Amigos (ADA) – todas cariocas; Primeiro Comando de Vitória (PCV) – capixaba; e da paraibana Okaida RB, uma dissidência da Okaida.

Ao todo, estão sendo cumpridos 262 mandados de prisão e 200 de busca e apreensão. Em Tocantins, ainda está sendo feita uma inspeção na Casa de Prisão Provisória de Palmas, com a finalidade de apreender armas, drogas, explosivos, aparelhos de comunicação móvel e cadastros de faccionados.

Esta é a primeira ação desencadeada pela nova coordenação do GNCOC, que assumiu o posto há pouco mais de três meses. “O Ministério Público brasileiro, por meio do GNCOC e dos Gaecos, vem adotando medidas eficientes no desmantelamento e prisão dos principais líderes das facções criminosas presentes em território nacional. É uma luta baseada na inteligência e com foco na desestruturação desses organismos criminosos violentos. Vamos vencer, tenho certeza disso”, declarou Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, procurador-geral de justiça de Alagoas e coordenador do Grupo Nacional.

O subprocurador-geral de Justiça do Ministério Público do Estado de São Paulo, Mário Luiz Sarrubo, ressaltou a importância da operação: “articulada em nível nacional há alguns meses e busca trabalhar na desestabilização das organizações criminosas, seja na distribuição de entorpecentes ou em atividades realizadas pelos grupos”.

Segundo Sarrubo, a intenção da ação desta terça é atingir o que é “mais caro às organizações criminosas”, que é o lucro financeiro que elas obtêm.
O subprocurador-geral ressaltou ainda que agentes públicos são investigados, que são alvos dos mandados de prisão e busca e apreensão.

“A operação de hoje apreendeu grande quantidade de drogas e temos apreendido bens, veículos, imóveis e bens pertencentes a pessoas que trabalham nas organizações criminosas”, contou Sarrubo.

Operação em Alagoas

Em Alagoas, o Gaeco foi às ruas, em Maceió e em São Miguel dos Milagres, para cumprir 14 mandados de prisão e de busca e apreensão, todos expedidos pela 14ª Vara Criminal da Capital.

Os alvos têm ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa de São Paulo. Eles são acusados de vários tipos de crime, como homicídios e tráfico de drogas.

A operação contou com a participação de 35 guarnições das Polícias Civil e Militar.

O GNCOC

O Grupo Nacional de Combate às Organizações Criminosas (GNCOC) congrega o Ministério Público brasileiro e foi criado em fevereiro de 2002, por iniciativa do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais dos Ministérios Públicos dos Estados e da União (CNPG), para combater o crime organizado que atinge todo o País.

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