Gilmar Mendes: condução coercitiva de Lula não é surpresa em atual cenário

  • Por Jovem Pan
  • 04/03/2016 13h30
Carlos Humberto / SCO /STF Gilmar Mendes

 Para o ministro do STF, apesar de não ser recorrente a investigação de ex-presidentes pela Polícia Federal, a atual conjuntura justifica o encaminhamento da Operação Lava Jato: “Independente dos desdobramentos que vem fazendo, acho que não seria uma surpresa, mas no contexto geral da política, sem dúvida nenhuma é uma surpresa. Não é obra do cotidiano levar um ex-presidente à polícia para depor. Mas diante do quadro que se desenvolveu nos últimos anos, com líderes de partido responsáveis pela tesouraria e agora publicitários, as coisas parecem que esta se tornando normais”.

Mendes aponta que o momento é singular com o presidente da Câmara na posição de réu, uma ação de impugnação de mandato, referente às eleições de 2014 e o pedido de impeachment: “Tudo indica que havia um método de governança que envolvia tudo isso”. O ministro afirma que a situação de Eduardo Cunha dificulta o encaminhamento para a solução da crise.

Sobre a homologação da delação premiada de Delcídio Amaral, Gilmar Mendes explica qual o procedimento: “Cabe ao relator referendar, ou referendar com ressalva, aquilo que foi estabelecido. O caso está no Supremo porque envolve e afeta uma pessoa como foro privilegiado. Caso contrário, a colaboração premiada poderia ser feita diante da própria justiça de primeiro grau”.

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