Governador da Bahia compara PT a vítima de estupro e defende candidato de fora da sigla

  • Por Jovem Pan
  • 19/07/2018 09h52 - Atualizado em 19/07/2018 10h09
RICARDO STUCKERT/ INSTITUTO LULA Rui Costa "Se ele (Lula, esq.) não puder, acho que não necessariamente (o candidato) tem que estar filiado ao PT", disse Costa

O governador da Bahia Rui Costa (PT) comparou o Partido dos Trabalhadores a uma vítima de estupro, ao negar que a manutenção da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso e condenado em 2ª instância na Lava Jato, à Presidência contribua para a instabilidade do País.

“Culpar o PT parece culpar a mulher que foi estuprada porque estava de saia curta. Culpar o PT é como se dissesse que alguém que está defendendo o legítimo direito de ser candidato porque considera o julgamento ilegal, injusto é o mesmo pensamento que diz ‘ah, você, também, fica saindo de saia curta, por isso que você é estuprada’. Você defender os seus direitos não pode dar razão a alguém para o atacar”, afirmou o governador.

Costa defendeu que, caso Lula não seja candidato, o PT apoie um nome de outra legenda para a disputa ao Planalto. O petista não descartou que o ex-governador baiano e ex-ministro Jaques Wagner seja vice em uma chapa encabeçada pelo empresário da Coteminas, Josué Alencar (PR), disputado pelas siglas de todos os espectros político.

“Se (Lula) não puder (ser candidato) temos que encontrar uma solução e um caminho que, na nossa opinião, pode e deve ser alternativa ao PT. A gente precisa dar um sinal também de que a prioridade é reconstruir o Brasil. A melhor pessoa é o Lula, que tem condições de vencer no primeiro turno. Mas, se ele não puder, acho que não necessariamente (o candidato) tem que estar filiado ao PT”, declarou.

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