Governo decide insistir na nomeação de Cristiane Brasil

  • Por Jovem Pan
  • 06/02/2018 08h11 - Atualizado em 06/02/2018 08h18
Lúcio Bernardo Junior/Câmara dos Deputados Cristiane Brasil A deputada indicada ao ministério é investigada por associação ao tráfico, foi gravada pedindo votos a funcionários e fez vídeo em lancha rebatendo acusações

O ministro da Secretária de Governo, Carlos Marun, afirmou que o Governo vai insistir na nomeação da deputada Cristiane Brasil, do PTB, para o Ministério do Trabalho.

Além de ter sido condenado a pagar uma dívida trabalhista de R$ 60 mil em 2016, há outros fatos que podem dificultar a nomeação da parlamentar. Cristiane Brasil é investigada em inquérito sobre a associação para o tráfico de drogas.

Há também uma gravação de 2014, a qual mostra Cristiane Brasil ameaçando os funcionários, de que eles perderiam o emprego, caso ela não fosse eleita deputada.

Para Carlos Marun, não existe nada provado contra a parlamentar. O ministro também ressaltou que não vai pedir que o PTB apresente um novo nome ao ministério, em substituição ao de Cristiane.

“Não existe nada, digamos, provado. A deputada não tem nenhuma condenação. Não existe nada que efetivamente denigra o nome da deputada nesse sentido”, disse Marun. “Nós não vamos solicitar que o PTB faça qualquer outra indicação”, asseverou.

Sobre a suposta participação da deputada para o tráfico de drogas. Cristiane Brasil divulgou nota defendendo que: “o inquérito foi aberto baseado em uma denúncia anônima durante a campanha de 2010, ano em que sequer foi candidata”.

De olho no STF

Cristiane Brasil quer pressa do Supremo para finalizar a decisão se ela pode assumir ou não a pasta.

O PTB deixou para Roberto Jefferson decidir e ele disse que entrega para Deus.

A deputada se queixa de que a exposição prolongada pode até ameaçar a sua reeleição na Câmara. Em nota, diz que está sofrendo um “linchamento”.

Os governistas decidiram bancar a decisão de Michel Temer de nomear Cristiane Brasil. A Advocacia-Geral da União observa com lupa a decisão do Supremo.

A AGU espera uma nova enxurrada de pedidos de liminares contra ministros que assumirão em abril, quando os que deverão disputar as eleições deixarão a esplanada. A expectativa é que ao menos 10 ministros entrem na campanha.

Informações de Arthur Scotti e José Maria Trindade ao Jornal da Manhã

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