Já falando como ministro da Justiça, Velloso garante que fará tudo para acabar com foro privilegiado

Ex-presidente do STF

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Carlos Velloso confirmou que o presidente Michel Temer vem conversando frequentemente sobre sua eventual posse como ministro da Justiça no lugar de Alexandre de Moraes, designado para o cargo de ministro do STF no lugar de Teori Zavascki.

“Até o fim de semana teremos resolvido isso. Ele está conversando habilmente inclusive com outros candidatos, mas ainda não me formulou formalmente o convite. Temos conversado. Espero que até o fim de semana tenhamos uma solução”, disse. Já falando como ministro da Justiça, Velloso disse que o presidente está esperando apenas a sabatina de Moraes na CCJ para definir o nome. Questionado se gostaria do desafio à frente do Ministério, Velloso foi direto: “sou homem de desafios”.

Carlos Velloso criticou ainda a questão do foro privilegiado e defendeu a mesma posição que tinha desde seus tempos na cadeira de ministro do Supremo: “eu sempre dizia que era uma excrescência. O foro privilegiado, o nome diz, não é republicano. Ele privilegia grupos de pessoas e isso não pode existir em uma República. Eu acho que isso tem que acabar. No que depender de mim, eu farei tudo”.

O ex-ministro do Supremo, e já designado ministro da Justiça, já começou a especular nomes para sua equipe, entre eles o de José Mariano Beltrame, ex-secretário de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro. “Não o conheço pessoalmente, mas pelo seu trabalho. Tenho por ele admiração e respeito. Então, se eu assumir, é um nome que estará presente, sem dúvida nenhuma. É um problema que temos que convocar quem entende, e ele entende. Trabalhou para a sociedade fluminense por dez anos”, destacou.

Velloso voltou ainda a apoiar a Operação lava Jato e disse ter o “maior entusiasmo” pelas investigações. “A operação ela é intocável. Ela repercute moralizando outros continentes. Veja o que está acontecendo no nosso continente. No Equador, no Peru. Veja o que ocorreu nos EUA. Consequências da Lava Jato, na áfrica, na Europa. Tenho o maior entusiasmo pela Operação. Ela está passando a limpo o Brasil. Ela atinge outros países moralizando. Isso eu acho que coloca nosso país em posição boa”, reiterou.

Confira a entrevista completa: