Juan Guaidó convoca novas ‘manifestações definitivas’ contra Maduro na Venezuela

  • Por Jovem Pan
  • 05/04/2019 08h55
EFE Ao lado de jovens cidadãos venezuelanos, Guaidó classificou os atos previstos para este 6 de abril como “Operação Liberdade”

O autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, convocou para o próximo sábado (06) o que ele classificou como “manifestações definitivas” contra o regime de Nicolás Maduro. Falando na Assembleia Nacional, nesta quinta-feira (04), o líder oposicionista afirmou que o protesto não é só para rejeitar a situação pela qual passa o país, mas para por um fim “à usurpação”.

Ao lado de jovens cidadãos venezuelanos, Guaidó classificou os atos previstos para este 6 de abril como “Operação Liberdade”.

O ministro chavista das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, esteve nesta quinta-feira em Damasco, na Síria, onde foi recebido pelo ditador Bashar al-Assad. Na passagem pelo Oriente Médio, Arreaza comparou a situação da Venezuela com a da Síria e disse que o governo de Maduro está tentando evitar uma guerra civil.

Segundo ele, “no Conselho de Segurança das Nações Unidas, alguns países como Rússia, China e África do Sul, estão lá para deter a guerra, para deter a loucura imperial”, referindo-se aos Estados Unidos.

Em Caracas, Nicolás Maduro fez um pronunciamento pedindo para que a população economize água. Na fala, Maduro disse que um dos objetivos do “atentado terrorista” que está sendo feito contra a Venezuela é deixar o povo sem água, em estado de desespero total.

O chavista ainda expulsou das Forças Armadas 13 oficiais, incluindo dois generais da reserva, que reconheceram o opositor Juan Guaidó como presidente interino.

Nesta quinta-feira, a ONG Human Rights Watch defendeu uma intervenção da ONU no país latino-americano, em decorrência das violações dos direitos humanos. No relatório, a entidade destacou a “crise de saúde e alimentos” pela qual passa o país.

Já o Fundo das Nações Unidas para a Infância, o Unicef, afirmou que a crise migratória na Venezuela afeta 1 milhão e 100 mil crianças. O documento enfatizou que pelo menos 22% das crianças menores de cinco anos sofrem de desnutrição crônica no país.

*Informações do repórter Afonso Marangoni

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