Julgamento de ex-assessor de Trump acusado de mentir ao FBI é adiado

  • Por Jovem Pan
  • 19/12/2018 07h38 - Atualizado em 19/12/2018 10h08
EFE No ano passado, Flynn admitiu ter conversado com o embaixador russo em Washington

Um juiz federal dos Estados Unidos adiou a audiência de Michael Flynn por acreditar que ele tinha mais revelações a fazer. Emmet Sullivan criticou o general e ex-conselheiro nacional de segurança de Donald Trump por mentir a agentes do FBI durante a investigação sobre uma suposta participação da Rússia nas eleições de 2016.

No ano passado, Flynn admitiu ter conversado com o embaixador russo em Washington.

A defesa solicitou que o prazo da sentença fosse ampliado para que Flynn pudesse concluir a cooperação e ter uma eventual pena diminuída. Isso porque a expectativa era de uma audiência para confirmar a decisão, no entanto o juiz foi duro e deixou claro a intenção de condená-lo à prisão mesmo com a colaboração premiada.

Durante a sessão, o magistrado chegou a dizer que o general “vendeu” os Estados Unidos, e declarou que não conseguia esconder o “desgosto” e o “desprezo” pela “ofensa criminal”. Emmet Sulivan até questionou a procuradoria se Flynn poderia ser acusado de traição.

Sobre as declarações, a secretária de imprensa da Casa Branca, Sarah Sanders, disse que “certamente há preocupação” com o ex-assessor de Trump. Sobre o atraso na sentença, ela declarou que isso “é entre Flynn e o tribunal”.

Antes do início da sessão, o presidente dos Estados Unidos também se manifestou nas redes sociais, desejando boa sorte ao general. No Twitter, Trump escreveu que seria interessante ver o que ele tem a dizer, apesar da imensa pressão colocada em cima dele e reforçou que não houve conspiração com a Rússia.

A sentença de Michael Flynn acabou sendo adiada para março do ano que vem.

*Informações da repórter Marcella Lourenzetto

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