Líder do parlamento venezuelano é preso e solto; governo de Maduro reconhece ‘procedimento irregular’

  • Por Jovem Pan
  • 14/01/2019 07h30
EFE Guaidó se declarou presidente interino do país na semana passada

Autoridades do regime de Nicolás Maduro prenderam e soltaram minutos depois o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela. A detenção de Juan Guaidó aconteceu no domingo (13), em estrada que liga a capital Caracas a cidade de La Guaira.

O parlamentar se encaminhava para um comício quando o carro dele foi interceptado por homens do Serviço Bolivariano de Inteligência. Ele foi liberado rapidamente e seguiu para o local esperado, onde foi recebido por apoiadores.

Juan Guaidó é o presidente de uma Assembleia Nacional que tem maioria oposicionista e que não reconhece a posse de Maduro como chefe de Estado venezuelano. O parlamentar se declarou presidente da República e convocou novas eleições.

Em La Guaira, o deputado disse ao público que deseja comunicar a comunidade internacional que se tentou praticar um golpe contra ele, que seria o legítimo presidente do país.

Procedimento irregular

O ministro da Comunicação e da Informação da Venezuela, Jorge Rodriguez, reconheceu que ocorreu um procedimento irregular contra Guaidó. Apesar disso, em entrevista à televisão estatal, ele afirmou que o caso acabou se transformando em “show de mídia”.

Os governos dos 13 países que formam o Grupo de Lima, entre eles o Brasil, condenaram a atuação do Serviço Bolivariano de Inteligência. O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Almagro, também rechaçou o episódio cometido contra quem a OEA considera “o presidente interino da Venezuela”.

*Com informações do repórter Tiago Muniz.

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