Luiz Estevão diminui pena lendo livros e recurso é estendido a todos os detentos

  • Por Jovem Pan
  • 10/08/2018 06h55
Divulgação/PRTB Luiz Estevão O ex-político foi o primeiro a conseguir esse direito, depois de entrar na Justiça, e a partir deste mês, ele fica disponível a todos os detentos

O ex-senador Luiz Estevão, preso em Brasília, inaugurou uma tendência no Complexo Penitenciário da Papuda: diminuir o tempo da pena lendo livros.

O dispositivo já era previsto em lei, mas faltava ser regulamentado. O ex-político foi o primeiro a conseguir esse direito, depois de entrar na Justiça, e a partir deste mês, ele fica disponível a todos os detentos.

Cada livro lido representa quatro dias a menos de pena. Os presos podem ler até um livro por mês: portanto, é possível reduzir até 48 dias por ano.

Para comprovar que leu, o detento precisa fazer uma resenha sobre a obra e o texto vai ser avaliado por professores de português. Ganha o benefício que tirar a nota mínima de 60, em 100, na avaliação.

A biblioteca da Papuda tem 46 livros de autores clássicos como Machado de Assis, Jorge Amado, William Shakespeare e Nicolau Maquiavel.

As obras são dadas de acordo com a escolaridade de cada um. A princípio, 850 presos devem participar do projeto, e a meta é chegar a 1,6 mil.

Hoje, 1105 detentos da Papuda vão ter direito ao “saidão” do Dia dos Pais. Ele saem às 7h e têm de voltar até as 10h de segunda-feira. Quem não retornar no prazo é considerado foragido.

*Informações do repórter Levy Guimarães

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