Maia sugere que governo não tem interesse em pacote anticrime

Segundo o presidente da Câmara dos Deputados, vazamento de conversas não impactou no andamento do projeto, que está parado devido à prioridade da Previdência

  • Por Jovem Pan
  • 17/06/2019 10h29 - Atualizado em 17/06/2019 10h43
Wilson Dias/Agência Brasil Para Maia, projeto de Moro deve ficar parado pelas próximas duas semanas

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) sugeriu, em entrevista ao Jornal da Manhã nesta segunda-feira (17), que o governo federal não deu prioridade suficiente ao pacote anticrime apresentado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Para ele, é injusto que se façam críticas ao parlamento sobre a tramitação do projeto.

“O governo nunca tratou desse projeto fora o ministro, fora os discursos. Se o governo tivesse interesse nesse projeto, tinha encaminhado com urgência constitucional. Aí fica fácil, mandar sem a urgência, falar que a prioridade é a reforma da Previdência e depois vir criticar o parlamento”, afirmou Maia.

Segundo ele, o maior problema é que a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PSL) está “falando uma coisa e praticando outra”.

Questionado sobre o impacto do vazamento de conversas do ex-juiz federal enquanto julgava o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na Operação Lava Jato, Maia disse que o texto “está andando no ritmo”.

Apesar disso, ele explicou que o projeto deve ficar parado, assim como qualquer outro, pelas próximas duas semanas. O objetivo é conseguir aprovar a nova Previdência ainda dentro do primeiro semestre do ano. “Nas próximas duas semanas teremos dificuldades de avançar com qualquer projeto do tamanho do anticrime, já que isso significaria perder todas as condições de aprovar a Previdência ainda no primeiro semestre”, explicou.

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