Manifestações perderam essência após apresentação de texto da reforma, diz Rogério Marinho

  • Por Jovem Pan
  • 14/06/2019 09h36 - Atualizado em 14/06/2019 09h42
Marcelo Camargo/Agência Brasil Rogério Marinho recebe alta após angioplastia Rogério Marinho conversou com a bancada do Jornal da Manhã nesta sexta (14)

O secretário Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia Rogério Marinho avalia que as manifestações que acontecem nesta sexta-feira (14) contra a reforma da Previdência em diversas capitais do país perderam sua essência após a apresentação do texto feita pelo relator Samuel Moreira (PSDB-SP) à Câmara dos Deputados na quinta (13).

“Depois da apresentação do parecer feita pelo relator, as manifestações de hoje perderam completamente o sentido. Todos os pontos que haviam resistência por parte da esquerda foram ultrapassados e eu vejo que os protestos de hoje perderam muito de sua consistência e essência em função do que foi apresentando ontem na Câmara”, afirmou Marinho em entrevista ao Jornal da Manhã.

Apesar de recuos, os pontos centrais do texto da reforma enviado pelo governo foram mantidos por Moreira, que alterou a economia prevista para R$ 913 bilhões, abaixo da previsão do governo. Para Rogério Marinho, o novo número é suficiente para acertar as contas do país.

“Esta é uma agenda da sociedade brasileira e isso foi compreendido pelo parlamento. O ministro Paulo Guedes já falava da necessidade de termos pelo menos R$ 1 trilhão de impacto fiscal, e R$ 913 bilhões é muito próximo disso. Evidente que esse número nos deixa confortável, esperamos que não haja nenhuma retirada maior e que isso e mantém inclusive no plenário.”

O secretário acredita que o texto passará sem demais alterações e, em consequência, a reforma da Previdência não sofrerá mais desidratação.

“Acredito que o valor apresentado pelo relator não sofrerá alterações, me permito ser otimista quanto a isso, não haverá mais desidratação. Se ocorrer, espero que seja mínima. Esse valor [se aprovado] nos dará condição de fazer a reestruturação e equilíbrio fiscal do país. A reforma previdênciária por si não resolve todos os problemas, mas vai nos dar segurança jurídica e permitir que outras reformas estruturantes possam acontecer, além de trazer a segurança necessária para aqueles que querem investir no Brasil”, concluiu Marinho.

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